Potencialidades do uso da argila para o engajamento de uma criança com autismo em práticas de sala de aula
Resumo
Esta dissertação investiga as potencialidades do uso da argila como ferramenta para promover o engajamento de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em atividades escolares. Fundamentada nos pressupostos do Desenho Universal da Aprendizagem (DUA) e nas práticas baseadas em evidências (PBEs), a pesquisa adota uma abordagem metodológica de métodos mistos (quanti e qualitativa), utilizando delineamento de reversão (AxBxAxB) em estudo experimental de caso único. O objetivo foi avaliar o nível de engajamento da participante durante atividades práticas propostas com e sem o uso da argila. A intervenção foi realizada em uma escola de ensino fundamental da rede privada com uma aluna do 6º ano, não verbal, diagnosticada com TEA nível II de suporte e Síndrome de Down, nas disciplinas de História e Geografia. Os resultados apontaram um aumento significativo nos índices de engajamento durante a intervenção, sugerindo que a argila, por seu caráter sensorial, expressivo e inclusivo, pode ser um recurso eficaz para promover maior participação e atenção de alunos com autismo em sala de aula. A pesquisa também evidencia a necessidade de ampliação de estudos que investiguem o uso de materiais artísticos no contexto da educação inclusiva, contribuindo para a formação docente e para a construção de práticas pedagógicas mais equitativas e sensíveis à diversidade.