O Baú dos Meus Guardados: Imaginários e lembranças das primeiras vivências escolares
Resumen
Este trabalho trata-se de uma pesquisa sobre os imaginários e as lembranças das primeiras vivências escolares e teve como objetivo geral desenvolver um estudo sobre a relevância da memória e do imaginário como potências de autoformação. O foco teórico ancora-se nos estudos desenvolvidos pelo Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Imaginário, Educação e Memória (GEPIEM), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O sujeito principal foi a própria pesquisadora, tendo como questão de investigação o seguinte: que imagens emergem dos reservatórios da minha memória dos três primeiros anos escolares? Como forma de responder a essa questão, a pesquisadora buscou no seu Baú dos Guardados, todas as imagens-lembranças e recordações das referidas vivências. Também contribuíram para a pesquisa três ex-colegas daquele tempo, que atuaram como eco-evocadores de memórias. Nesse percurso, descobriu-se que as lembranças dos três primeiros anos escolares presentificam-se como ressonâncias, cujas repercussões fazem parte do processo de autoformação da pesquisada, no âmbito pessoal e profissional. Tal constatação possibilitou um maior autoconhecimento em torno das questões humanas e formadoras, sobretudo, em se tratando da apropriação destes reservatórios como potências formadoras de alunos, principalmente no que se refere ao primeiro contato com a instituição escola. Por isso, é possível inferir que a evocação das memórias e o resgate do imaginário como reservatório dos processos iniciais de formação são de suma importância para o trajeto autoformativo do ser
humano. Esta pesquisa evidencia, portanto, que a memória e o imaginário
desempenham papel fundamental no autoconhecimento e constituem-se em
potências de autoformação, na medida em que ajudam a problematizar as imagens autoformadoras que habitam os reservatórios do imaginário humano repleto de sentidos construídos individual e socialmente