Schelling e o conceito de liberdade no Freiheitsschrift
Abstract
A liberdade, o conceito filosófico intangível amplamente explorado na história da filosofia ocidental, na obra do filósofo alemão Friedrich W. J. Schelling, Investigações filosóficas sobre a essência da liberdade humana e os assuntos com ela relacionadas, é definida como a capacidade de realização do bem e do mal. Cercada pelas arestas do determinismo, a liberdade para o autor não se configura como um conceito excludente à necessidade, em vez disso, liberdade e necessidade são uma coisa só.
Schelling transcende os limites da discussão no campo ético ou moral e alicerça o seu escrito em questões ontológicas e metafísicas, mas de que modo o faz? A proposta teórica de Schelling está ancorada fundamentalmente na concepção de dois princípios que possibilitam não apenas a existência do mal e do bem, mas a existência do mundo e de todas as coisas nele presentes, a saber, o princípio obscuro e o princípio da luz, isto é, o real e o ideal, os quais são resultantes da manifestação de Deus e mutuamente necessários para que haja existência, considerando que sem oposição não pode haver vida. Desse modo, examinar como essas questões estão interligadas com o conceito de liberdade é a tarefa da presente investigação.
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