Origens humanas: um estudo fenético-comparativo das afinidades morfológicas de australopitecíneos e outros hominínios plio-pleistocênicos
Abstract
Desde a sua divulgação, em 1964, a espécie H. habilis, vem sofrendo com diversas críticas
quanto ao seu lugar dentro da linhagem humana. Sua classificação, desencadeou dentro da
Paleoantropologia, uma série de debates quanto a origem, e definição, do gênero Homo. Através
da compilação de dados métricos da morfologia hominínia, retirados de diferentes publicações
e planilhas disponíveis na web. Buscou-se realizar diferentes análises, a partir de uma
abordagem fenético-comparativa, onde os dados métricos da morfologia de crânios, dentes e
membros, foram transformados em matrizes de distância morfológica, e correlacionados,
através de teste de Mantel, com matrizes geográficas e filogenéticas, a fim de testar sua
validade. Como resultado, as matrizes de membros demonstraram as maiores correlações,
sendo seguidas pelas matrizes de dentes mandibulares. Ambas relacionadas as matrizes
filogenéticas. Esse resultado demonstrou, que os dados de membros e dentes mandibulares, são
bons para a realização de inferências filogenéticas. Em contrapartida, as matrizes cranianas
mostraram maior correlação com as matrizes geográficas. Em conclusão, todos os
dendrogramas gerados, que apontaram maiores e significativas correlações (r ≥ 0,5 e p ≤ 0,05),
evidenciaram relações diretas, entre H. habilis e H. rudolfensis, com membros de
australopitecíneos. Através dos resultados obtidos, sugere-se que ambos os hominínios sejam
reclassificados como pertencentes ao gênero Australopithecus.
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