Neutralidade metaética: seus pressupostos e sua superação.
Fecha
2020-11-10Autor
Teles Junior, Gustavo Generaldo de Sá
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A metaética surgiu no início do Século XX com uma proposta distinta da ética normativa: explicar e
clarificar os conceitos e enunciados em contextos morais. A ética normativa, por outro lado, ao
invés de meramente explicar e clarificar os conceitos e enunciados morais, pretende dizer para um
agente qual conduta é a correta e o que deve ser feito. Com o desenvolvimento da metaética
contemporânea, foi postulado não só que a metaética é distinta, mas que é neutra em relação às
questões relacionadas à conduta. Este trabalho explora os argumentos que sustentam o pressuposto
de neutralidade e demonstra como estes argumentos podem ser superados. O estudo foi feito a partir
de análise bibliográfica, reconstrução argumentativa e correlação entre argumentos de primeira e
segunda ordem moral. Delimitamos três eixos de investigação: metafísico, lógico e normativo. No
eixo metafísico investigamos a dicotomia entre fato e valor sustentada pelos positivistas lógicos; no
eixo lógico investigamos a impossibilidade de derivação entre premissas “é” para conclusões
“deve”; e no eixo normativo investigamos o papel da própria metaética e se ela tem consequências
para a ação moral. Em cada um destes eixos foi demonstrado que o pressuposto de neutralidade não
pode ser sustentado de forma generalizada. Concluímos que a metaética não é neutra em relação a
conduta do agente e que ela desempenha um papel importante em relação às discussões de teoria
como e prática moral.
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