Dobrando a arquitetura contemporânea: um estudo sobre a obra de Peter Eisenman e o uso do conceito de dobra

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Data
2011-06-21Autor
Barros, Carolina Mendonça Fernandes de
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Nas arquiteturas de vanguarda, a construção do novo é um imperativo radical e
frequentemente é baseada na destruição do anterior. Já as experiências arquitetônicas recentes
contemporâneas usam conceitos como o da fragmentação, do caos e da desordem que, mesmo
dentro de uma ordem aparente, permanecem como temas centrais, de onde produzem uma
flagrante ruptura nas nossas maneiras habituais de perceber a forma e o espaço. No
experimentalismo de Peter Eisenman, aparece uma arquitetura livre de valores externos, com
seu falar independente, de construção abstrata e ―atópica‖, com ideia de arquitetura como
"escrita", em oposição à arquitetura como ―imagem‖. Ao visualizar as obras do arquiteto,
descobre-se que a intenção é afirmar a existência de um lugar textual, que outrora, para
demais arquitetos e projetos, seriam signos reconhecíveis. A partir disso, a pesquisa busca
identificar o problema da inovação através do uso de conceitos filosóficos convertidos em
estratégias projetuais para a concepção arquitetônica contemporânea, os quais influenciam a
produção de Peter Eisenman. O conceito filosófico de dobra (desenvolvido por Gilles
Deleuze) é um desses conceitos-chave, porque descreve operações projetuais recorrentes na
obra do arquiteto. O projeto da Cidade da Cultura em Santiago de Compostela é considerado
uma obra exemplar, cuja análise evidencia a transposição da dobra filosófica para o campo
projetual arquitetônico. Nas conclusões, há um exercício de reflexão a partir do caso
estudado, considerando a evocação da dobra nos processos projetuais de Peter Eisenman,
combinada com outros instrumentos, os quais caracterizam as concepções arquitetônicas do
arquiteto.
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