O processo de patrimonialização do complexo Rheingantz: avanços e retrocessos
Resumen
Esta dissertação discorre sobre o processo de reconhecimento da Fábrica Rheingantz como um patrimônio industrial do setor têxtil. De origem alemã, ela foi fundada em 1873 na cidade do Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Tem destaque pela sua história e arquitetura, além de ser um dos poucos resquícios industriais do Século XIX. A Fábrica passou a integrar o patrimônio histórico e cultural do Estado em 2012 após o seu reconhecimento como patrimônio pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul – IPHAE. O objetivo da dissertação foi analisar esse processo de reconhecimento da Fábrica Rheingantz, examinando as ações e as razões que o motivaram. Nesse esforço foram identificados os interessados envolvidos no tema, os seus avanços e os recuos ao longo dos 17 anos que perdurou o processo. Para isso, a metodologia é baseada na análise de toda a documentação do processo de reconhecimento do patrimônio produzido pelo IPHAE. A partir dessa análise documental foi possível compreender os trâmites burocráticos e jurídicos, incluindo as movimentações e os conflitos em torno do
processo de reconhecimento da Rheingantz. Como resultado de um projeto do início da década de 1990, o processo de reconhecimento do patrimônio perpassou por vários interessados, enfrentou alguns obstáculos até culminar na sua efetivação em 2012. A defesa pelo patrimônio, enfim, venceu a especulação e a burocracia do processo, e a Fábrica tornou-se pioneira do
início às suas ruínas.