Formas de aplicação de Azospirillum brasilense na produção de forragem do campo nativo

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Data
2024-09-04Autor
Mendel, Herlon Thadeu da Silva
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O Azospirillum brasilense é uma bactéria que tem a capacidade de melhorar o
aproveitamento do nitrogênio e estimular o crescimento radicular de gramíneas, porém
os estudos sobre seu uso têm focado nas plantas cultivadas. Esse trabalho teve como
objetivo avaliar a resposta do campo nativo ao uso desse bioinsumo sob duas formas de
aplicação, no sulco e pulverização foliar. O experimento foi conduzido em casa de
vegetação pertence ao DZ/FAEM/UFPEL, em amostras de campo natural na forma de
monólitos dispostos em bandejas plásticas. Foram impostos três tratamentos
experimentais alocados em delineamento de blocos completos ao acaso com quatro
repetições: 1) Controle (sem aplicação de A. brasilense); 2) A. brasilense aplicado na
forma de aspersão foliar; 3) A. brasilense aplicado na forma de aspersão em sulco no
solo. O primeiro corte para avaliação da forragem se deu quando a altura média das
plantas alcançou 12cm, tendo sido as mesmas rebaixadas para 6cm. Os cortes
subsequentes foram realizados quando a altura média das plantas alcançou 10cm, tendo
sido as mesmas rebaixadas para 5cm. Em cada corte foram determinadas as massas de
forragem verde e seca, o teor de matéria seca, a taxa de acúmulo e a composição
botânica dos componentes da amostra (gramíneas, leguminosas e outras espécies). Os
resultados foram analisados por análise de variância e teste de comparação de médias
de Tukey (P≤0,05), considerando-se a possível interação dos três cortes x três formas
de aplicação de A. brasilense. Os resultados mostraram que o primeiro corte e na soma
dos três cortes o AZ aplicado no Solo teve maior eficiência na produção de massa de
forragem verde e massa de forragem seca, porém, esses maiores valores foram
definidos por um maior percentual de outras sp. O AZ aplicado via foliar proporcionou
menor intervalo entre cortes quando comparado ao controle e ao AZ Solo. A inoculação
de A. brasilense em campo nativo via aspersão foliar ou diretamente no solo foi efetiva,
alterando a massa de forragem produzida. A inoculação diretamente no solo influencia a
frequência de espécies de diferentes famílias botânicas, aumentando a diversidade
vegetal. O uso de A. brasilense sobre campo nativo é perfeitamente expectável, contudo,
devido à complexidade vegetal presente nesse ambiente outros estudos devem ser
conduzidos de modo a detalhar seus efeitos.