Os caminhos da memória, da história e do esquecimento na formação de professores da infância

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Data
2023-03-03Autor
Almeida, Alessandra Londero
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Esta pesquisa versa sobre os caminhos da memória, da história e do
esquecimento na formação de professores da infância. Vincula-se à Linha de
Pesquisa Formação de professores, ensino, processos e práticas educativas do
Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas. A
temática se constrói a partir da combinação de dois momentos: decorrente das
inquietações da professora-pesquisadora e a partir de estudos sobre as
contribuições de Paul Ricoeur (1913-2005). Almeja-se como objetivo principal
identificar como os caminhos da memória, da história e do esquecimento compõem
a trajetória docente de professores da infância, a fim de perceber a teia que acolhe
as dimensões pessoais e profissionais, expressando seu sentido na medida em que
a subjetividade reconhece a sua experiência (ou contorna-se a si mesma).
Apresenta-se como problema de pesquisa a seguinte questão: Em que medida a
narratividade contribui como estratégia para acessar os caminhos da memória, da
história e do esquecimento percorridos por professores da infância em sua
professoralidade? A pesquisa está ancorada na abordagem metodológica qualitativa
e no percurso de compreensão da hermenêutica reconstrutiva, utilizando como
instrumentos de acesso às narrativas dos sujeitos pesquisados - professores da
infância, atuantes no campo da Educação Infantil - um questionário exploratório e
rodas de conversa. O horizonte compreensivo das manifestações das vozes dos
professores indicam que as narrativas repercutem no reconhecimento de si e do
outro, nas relações dentro das instituições. Ademais, a pesquisa elucida que o
encontro compreensivo de si (e de mundo), a narratividade da infância e a
sincronicidade entre memórias e docência são caminhos que atravessam a
professoralidade e repercutem na formação de professores da infância. Além disso,
esses caminhos fomentam a teia que acolhe as dimensões pessoais e profissionais,
reconhecendo o sentido das experiências de vida e tornando-as potência para a
percepção do outro. Essa teia formativa vibra na medida que a expressão da
multiplicidade de vozes é acolhida nas narrativas tecidas sobre nossa historicidade.
De modo que, reconhecer essas dimensões é um dos desafios para tornar a
professoralidade um caminho próprio de cada sujeito.