Farinha de Mosca da Fruta (Ceratitis Capitata) na alimentação de alevinos de Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus)
Resumen
Há muita busca por alimentos alternativos para compor as rações destinadas a
aquicultura, que sejam capazes de manter a qualidade nutricional das dietas e ao
mesmo tempo reduzir os custos com ingredientes convencionais. Com isso, a
introdução de larvas de insetos nas dietas de animais de produção, principalmente
monogástricos, tem sido amplamente estudada por pesquisadores. Nesse sentido, o
objetivo do presente estudo foi avaliar a utilização da farinha de Mosca da Fruta
(Ceratitis capitata) na alimentação de alevinos de Tilápia-do-Nilo (Oreochromis
niloticus). O estudo foi realizado no Laboratório de Ictiologia do Departamento de
Zootecnia da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel da Universidade Federal de
Pelotas (UFPel), com duração de 62 dias, onde foram utilizados 200 alevinos de
tilápia-do-Nilo, distribuídas aleatoriamente em 20 unidades experimentais de 50 litros
acoplados em um sistema de recirculação de água com um filtro biológico, em um
delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições,
denominados: T1 (0% de farinha de mosca da fruta), T2 (25% de farinha de mosca da
fruta), T3 (50% de farinha de mosca da fruta), T4 (75% de farinha de mosca da fruta)
e T5 (100% de farinha de mosca da fruta). Foram analisados os índices de
desempenho como: peso final (g), ganho de peso (g), taxa de crescimento específico
e comprimento padrão e total (cm), através das biometrias realizadas semanalmente
durante o experimento. De acordo com os resultados encontrados, os tratamentos
utilizando a farinha da mosca da fruta na dieta não apresentaram diferença
estatisticamente significativa. No entanto, demonstram que a incorporação da farinha
de mosca como fonte de proteína na dieta dos animais, não altera a palatabilidade e
a qualidade da ração, visto que não influenciou negativamente o desempenho dos
mesmos.