Farinha de matrizes suínas mortas por causas não infecciosas na nutrição de frangos de corte e aminas biogênicas como indicadores de qualidade
Resumo
O estudo foi realizado para avaliar o efeito do uso de farinhas oriundas de matrizes
suínas mortas por causas não infecciosas, armazenadas em temperatura ambiente
e ou sob refrigeração por diferentes tempos, sobre parâmetros zootécnicos e
fisiológicos de frangos de corte. Também foi realizada a quantificação de aminas
biogênicas e adaptações de equações para o cálculo do índice de aminas
biogênicas em farinhas de suínos. Foi utilizado o delineamento completamente
casualizado em esquema de parcelas subdivididas. Na parcela principal, alocaram se as condições de armazenamento (temperatura ambiente e refrigerada) e nas
subparcelas os tempos (0, 24, 48 e 72 horas), e em paralelo foram obtidas amostras
de empresas dedicadas à produção de farinhas de origem animal. As variáveis
analisadas foram os teores de aminas biogênicas: feniletilamina, putrescina,
cadaverina, histamina, tiramina, espermidina e espermina por cromatografia líquida
de alta eficiência (HPLC) e a adaptação do índice de aminas. As farinhas após 24
horas de armazenamento em temperatura ambiente apresentaram teores de
feniletilamina, putrescina e tiramina superiores quando comparadas às armazenadas
sob refrigeração (-6°C) condição de armazenamento refrigerado. Os teores de
espermidina e espermina apresentaram decréscimos após 24 horas de
armazenamento em temperatura ambiente. As farinhas produzidas a partir de
matrizes suínas mortas e mantidas sob diferentes tempos e acondicionamentos
foram utilizadas em dietas experimentais ofertadas a 770 frangos de corte, durante
os primeiros 21 dias de idade, totalizando sete tratamentos com 11 repetições cada.
Avaliando respostas de desempenho, parâmetros sanguíneos e morfometria de
órgãos, foram observados efeitos sobre o proventrículo e a bolsa cloacal. A
quantificação de aminas biogênicas e a utilização de índices demonstram o grau de
deterioração de farinhas de origem animal, principalmente em farinhas produzidas
após 24 horas da morte do animal. Essas farinhas produzidas experimentalmente
não influenciaram parâmetros sanguíneos e o desempenho de frangos de corte
criados até os 21 dias de idade. Entretanto, foi observado efeito deletério no
proventrículo e na bolsa cloacal.