Degradação de Diclofenaco de sódio pelos processos de ozonização e fotocatálise heterogênea.
Abstract
Uma das cadeias de consumo que mais vem comprometendo a qualidade dos 
recursos hídricos, com um aumento na geração de resíduos e descartes inadequados, 
são os fármacos. Apesar de possuírem função vital, os fármacos quando ministrados 
em dose e prescrição incorretas, podem ser prejudiciais aos seres humanos e 
animais, pois estes, geralmente, apresentam baixa capacidade de absorção dos 
compostos. A principal rota de entrada de resíduos de fármacos no ambiente é o 
lançamento de esgotos domésticos, tratados ou in natura, nos cursos d’água. Os 
Processos Oxidativos Avançados (POAs) tem recebido destaque como processo de 
tratamento alternativo de águas residuárias, por se tratar de métodos eficientes que 
reduzem os impactos ambientais. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o uso 
do Processos Oxidativos Avançados (POAs) de Ozonização Catalítica, Fotocatálise
Heterogênea e Ozonização Fotocatalítica, utilizando TiO2, na degradação do fármaco 
diclofenaco de sódio, além de analisar a toxicidade dos efluentes, bem como outros 
parâmetros químicos, antes e após os tratamentos. Como resultados foram 
alcançadas altas eficiências de degradação com a utilização da ozonização catalítica 
e ozonização fotocatalítica, alcançando eficiências de remoção de cerca de 95 e 99%, 
respectivamente. O tratamento de Fotocatálise Heterogênea foi o que alcançou 
menores eficiências de remoção deste fármaco, chegando a cerca de 20%. Em geral, 
os processos envolvendo a utilização de ozônio tiveram o pH diminuído gradualmente 
enquanto a condutividade foi aumentada, enquanto a fotocatálise heterogênea se
manteve em pH neutros. Em relação a DQO, foi alcançada uma remoção de até 
70,58% utilizando somente ozônio, enquanto a Fotocatálise Heterogênea e a 
Ozonização Fotocatalítica obtiveram uma eficiência de remoção de até cerca de 
40%.Apesar de alguns tratamentos diminuírem os índices mitóticos na espécie Allium 
cepa, não foram observados alterações cromossômicas e mutações estatisticamente 
diferentes do controle negativo, portanto não se pode afirmar que os tratamentos 
causaram efeitos citotóxicos, genotóxicos ou mutagênicos nesta espécie. Para a 
fitotoxicidade, também não foi verificado que os tratamentos tenham produzidos 
efeitos tóxicos para as sementes, somente um dos bioindicadores analisados apontou 
diferença estatística em um dos tratamentos utilizados, demonstrando que a espécie 
Lactuca Sativa foi a mais sensível de todas para o índice de germinação.
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