Teste do etanol: desenvolvimento de equipamento para determinação do vigor em sementes de soja
Resumen
Nos testes para a avaliação do vigor em sementes é essencial que estes sejam
rápidos, eficientes e padronizáveis, incluindo testes que permitam diferenciação
precisa entre lotes. Dentre estes testes, o do etanol constitui-se em uma alternativa
que aporta característica desejáveis para ser aplicado nos programas de controle
interno de qualidade de empresas produtoras de sementes, devido o mesmo ser
prático e rápido. Porém, o teste é realizado com equipamentos adaptados,
necessitando de um equipamento próprio, com uso de sensores de alta precisão,
que venham a garantir a confiabilidade dos resultados. Assim, objetivou-se
desenvolver um equipamento capaz de quantificar a presença de etanol produzido
por sementes de soja quando submetidas à hipóxia por diferentes tempos de
embebição, com o intuito de comparar os resultados obtidos pelo novo equipamento
com outros testes padrões de vigor, além de avaliar o metabolismo fermentativo
durante o teste do etanol. O trabalho foi dividido em dois capítulos e em ambos
utilizando delineamento experimental inteiramente casualizado, sendo os
tratamentos compostos 10 lotes de sementes de soja. O Capítulo I foi dividido em
dois experimentos, o primeiro correspondendo ao desenvolvimento do equipamento
de aferição do etanol com o sensor MQ-3 e seus componentes e o segundo
relacionado ao tempo de estabilização do sensor (3; 6; 9; 12; 15; 18; 21; 24; 27 e 30
segundos) em sementes de soja submetidas ao processo de anaerobiose. No
Capítulo II, inicialmente, avaliou-se a qualidade inicial dos lotes por meio da
avaliação de teor de água, germinação, emergência de plântulas, envelhecimento
acelerado, teste de tetrazólio, condutividade elétrica e respiração das sementes.
Para o teste do etanol foram utilizadas 25 sementes sem danos físicos aparentes e
acondicionadas em frascos de 150 mL, contendo 40 mL de água deionizada.
Posteriormente, as sementes permaneceram embebidas pelos períodos de 30, 60,
90, e 120 minutos a uma temperatura de 41 °C em BOD. Após os períodos de
embebição, os frascos foram acoplados no equipamento desenvolvido no capítulo I
e mensurado a quantidade de etanol liberada pelas sementes. O equipamento, bem
como o sensor MQ-3 obteve desempenho satisfatório, apresentando estabilidade de
aferição média aos 16 segundos após, sendo recomendado esse tempo para o uso
do etilômetro em sementes de soja. Por meio desse mesmo sensor MQ-3, é
possível, com eficiência, a detecção de etanol presente no ar liberado por sementes
de soja durante processo de anaerobiose. O teste do etanol em sementes de soja é
eficiente no ranqueamento dos lotes em diferentes níveis de vigor, utilizando o
tempo de embebição de 30 minutos, sendo este tempo apresentando associação
moderada entre o teste de condutividade elétrica e a respiração das sementes. A
atividade das enzimas LDH, PDC e ADH comprovam que há a produção de etanol
durante o processo de embebição das sementes de soja.
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