Gasometria e hematologia de potros nascidos de éguas com placentite ascendente.
Resumen
A placentite ascendente é uma das principais causas de parto prematuro, aborto e
nascimento de potros comprometidos, podendo causar hipóxia, assim como
septicemia neonatal. A análise gasométrica e hematológica fornecem informações
importantes para o monitoramento da saúde de potros nascidos de éguas com
placentite. O objetivo deste estudo foi avaliar os valores gasométricos e
hematológicos de potros nascidos de éguas com placentite ascendente. Foram
utilizados nove potros nascidos divididos nos seguintes grupos: três potros nascidos
de éguas com infecção natural de placentite sem tratamento (Grupo I), quatro potros
nascidos de éguas com placentite induzida experimentalmente e tratadas (Grupo II),
e dois potros nascidos de éguas sem alteração na gestação, como grupo controle
(Grupo III). As coletas de sangue foram efetuadas 0, 12 e 24 horas após o
nascimento para gasometria e as variáveis analisadas foram pH, PO2, PCO2,
HCO3-, BE e SO2. Para hematologia, as coletas foram 0, 12, 24, 48 e 72 horas após
o nascimento, avaliando-se a série vermelha, células da série branca, fibrinogênio e
proteínas plasmáticas totais. Os valores de pH, BE e HCO3
-não diferiram
estatisticamente entre os grupos. Reduzido valor na PO2 (p=0.0132) no T12 nos
grupos I e II em relação ao grupo III apresenta-se devido às alterações placentárias,
representando baixa capacidade de oxigenação pulmonar e hipoxemi a. A PO2 nos
três grupos não diferiu no T24, representando valores homogêneos da PO2 24 horas
após o nascimento nos três grupos independente das alterações prévias. A PCO2
apresenta uma curva adaptativa e resposta compensatória dos potros do grupo II
mais uniforme e rápida quando comparado ao grupo I, demonstrando um pH em T0
reduzido em ambos os grupo (I e II) quando comparado ao grupo III e em T24 nos
limites fisiológicos aceitos; porém a PCO2 do grupo I no T24 apresenta aumento
significativo relacionado aos demais grupos, caracterizando uma acidose respiratória
sem compensação. Observou-se nas primeiras 24 horas após o nascimento os
grupos I e II apresentaram relação neutrófilos/linfócitos diminuída, caracterizando
prematuridade e resposta adaptativa ao meio extra-uterino retardada. Potros
nascidos de éguas com placentite ascendente e não tratadas apresentam maiores
alterações gasométricas e hematológicas em relação a potros nascidos de éguas
com placentite ascendente e tratadas, demonstrando uma resposta compensatória e
adaptativa mais lenta.
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