Contatos culturais por meio do material monetário nos limites da expansão helênica na Báctria e na Índia (Séculos III-I AEC)
Resumen
Nesta pesquisa, buscamos compreender o contexto de relações culturais nas
regiões da Báctria e da Índia, entre gregos e povos da região. Nosso recorte
temporal se dá a partir da independência da Báctria em relação ao império
Selêucida, em meados de 255 AEC, por meio de Diodotus I, o primeiro rei greco bactriano. Deu-se início, assim, a um período de mais de um século de dinastias e
confrontos pelo poder desta região, até o reino ser extinto devido principalmente às
invasões de povos nômades da Ásia central, como os Citas. Anterior ao fim do reino,
graças às campanhas de expansão no Noroeste da Índia, outro reino foi constituído
nas regiões dominadas, o reino indo-grego. Neste reino, que só teria seu fim no
início da Era Comum devido às invasões Indo-Pártas, é possível perceber vestígios
de interações culturais entre os greco-bactrianos e os povos das regiões ocupadas
na Índia. Principalmente por meio das moedas do período, refletimos a respeito das
fronteiras e identidades étnicas nestes espaços, adotando um método de análise
interdisciplinar em meio a fontes materiais e literárias disponíveis para buscar
compreender o processo de “helenização” desta região, problematizando o termo
como um modelo de visão unidirecional do grupo dominante neste contexto de
relações culturais.
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