Os conflitos étnico-religiosos em Castela durante o reinado de Alfonso X (1252-1284)
Resumen
A presente pesquisa busca oferecer uma análise das estratégias de
diferenciação social que objetivavam a conversão religiosa, promovida pela
elite cristã em Castela e Leão, durante o século XIII, materializadas em
vestimentas, representações pictóricas, definições dos espaços devocionais e
interditos interétnicos e inter-religiosos - matrimoniais e sexuais -, que
tenderam a ser burlados taticamente. A noção vigente de tolerância não
compreendia necessariamente a igualdade jurídica menos ainda o respeito à
devoção alheia. A partir da análise de documentação literária e imagética, em
um nível secundário, versos e iluminuras do cancioneiro mariano (Cantigas de
Santa Maria, segunda metade do século XII), e jurídica (Fuero Real, 1255;
Siete Partidas, 1256-1265) produzidas no reinado de Alfonso X, o Sábio,
governante dos Reinos de Castela e Leão, entre 1252 e 1284, pretende-se
circunscrever questões religiosas que são permeadas por aspectos políticos. A
interpretação que se expõe consiste no esforço de destacar as tensões e
conflitos subjacentes à vivência de práticas religiosas de sefarditas e
mudéjares através de Cantigas que narram à destruição pública de imagens, a
blasfêmia e massacres judaicos, entendido como processos perpassados por
interesses políticos não só filiados ao expansionismo territorial conduzido pela
conquista peninsular cristã, como também pelo projeto político-ideológico
afonsino de instituir uma unidade religiosa a Ibéria medieval.
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