Curva glicoinsulinêmica em éguas durante a gestação e sua relação com peso e altura dos neonatos
Resumo
A obesidade pode ser considerada um fator de risco durante o período de gestação devido as alterações endócrinas que ocorrem em ambas as condições, podendo exacerbar algumas delas e causar efeitos negativos na saúde da mãe e do neonato. Dessa forma, a presente dissertação aborda no artigo 1, uma revisão sobre esse assunto, enfatizando as dinâmicas da insulina e da glicose durante o período de gestação, as alterações causadas pela obesidade na espécie equina, e os possíveis
problemas dessa alteração causadas na mãe e em sua prole. No artigo 2, foi realizado um experimento com objetivo de descrever a dinâmica das curvas de glicose e insulina em éguas durante a gestação até o pós-parto e avaliar as curvas de acordo com o escore de condição corporal, identificando a presença de resistência insulínica e correlacionando esses valores com o peso, altura e alterações clínicas dos neonatos. As éguas prenhes foram avaliadas em conjunto e agrupadas de acordo com o escore de condição corporal durante a gestação até os primeiros dias pós-parto. Grupo de éguas com escore corporal moderado (ECC 5-6; n=5); Grupo de éguas com escore corporal acima do peso (ECC 7; n=9) e Grupo de éguas obesas (ECC 8-9; n=12). Para determinação dos dados foi utilizado o teste de glicose oral (OST) em duas etapas. Análise de cortisol foi realizada entre os 300-320 dias de gestação, no dia do parto e 7-10 dias após o parto. Para avaliação do neonato, foram realizadas exame clínico geral e as medidas de peso e altura. Desconsiderando a divisão por grupos, foi evidenciado hiperglicemia com valores normais de insulina no momento parto, com uma queda subsequente em ambas as variáveis na lactação. A glicose basal foi menor no GrM em comparação com GrOv e GrOb com 70-100 dias de gestação e com 130-160 dias de gestação. Com 270-300
dias de gestação e no pós-parto, o GrOb apresentou aumento na glicose basal em relação ao GrM. Após OST, no dia do parto, o GrOb apresentou valores de glicose aumentados em relação ao GrM. Após OST, os níveis de insulina foram maiores no GrOb do que GrM e GrOv no momento do parto. Não foi encontrada correlação entre as concentrações de glicemia e insulina materna com o peso e a altura do potro, entretanto, foi identificada uma relação menor entre o peso neonatal e o peso da égua no GrOb e GrOv em relação ao GrM. Em relação ao cortisol, foi identificado um aumento nos valores no GrOv e GrOb em comparação ao GrM no pós-parto. No parto, as éguas apresentaram alterações nos níveis de glicose, sendo que as éguas obesas e com sobrepeso apresentaram uma resposta maior ao OST.
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