Mário Ferreira dos Santos, intérprete de Nietzsche: contextualização e análise do ensaio “O homem que foi um campo de batalha”.
Resumen
Este trabalho tem como objetivo mostrar como o pensador brasileiro Mário Ferreira
dos Santos defendeu Friedrich Nietzsche das apropriações nazistas e como
interpretou o conceito de vontade de potência no ensaio “O ensaio que foi um campo
de batalha”. Esse ensaio foi escrito em 1943 sendo publicado em 1945, como
prefácio de sua tradução de A vontade de potência. A fim de contextualizar o ensaio
publicado por Mário Ferreira apresentaremos a principal interpretação nazista de
Nietzsche feita por Alfred Baeumler no livro Nietzsche filósofo e político de 1931.
Posteriormente mostraremos como Heidegger partindo dos seus próprios conceitos
interpretou a filosofia de Nietzsche como metafísica. Por último analisaremos como
Mário Ferreira, ao elucidar os conceitos nietzschianos, vai afastar o filósofo das
interpretações nazistas e ao defender uma concepção da vontade de potência como
não substancial e simbólica, inaugura uma compreensão moral e política bastante
diferente daqueles dois intérpretes alemães.
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