dc.creator | Arbo, Jade Bueno | |
dc.date.accessioned | 2021-05-19T23:48:47Z | |
dc.date.available | 2021-05-19 | |
dc.date.available | 2021-05-19T23:48:47Z | |
dc.date.issued | 2020-10-05 | |
dc.identifier.citation | ARBO, Jade Bueno. O Feminismo em outros termos: da crítica ao sujeito fundacional feminista à ética da precariedade em Judith Butler. Orientadora: Flávia Carvalho Chagas, 2020. 108f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Instituto de Filosofia, Sociologia e Política, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2020. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7548 | |
dc.description.abstract | The philosophical, epistemological and political tradition that we today call “feminist”
was built upon the ever-changing basis of conflict and dispute, through divergent
voices in constant clash and defiance of one another. With each attempt to enclose
the definition of its subject and its demands, hegemonic feminism is interpellated by
those who it invariably excludes; it is called to notice the limitations as well as the
localized nature of its universalizing claims. We find in Judith Butler, the philosopher
who, in the end of the 1980s, begins her analysis of feminism’s gender troubles, a
critique which is both a thread and a framing device to understand the following
problem: what is left for feminism if the foundations upon which feminism stands – if
the subject it intends to speak on behalf of and from which it draws its moral demands
– is established as a place of dispute and is, consequently, under constant revision?
How does one keep it alive, relevant and representative? How to establish and move
forward with a theoretical and political action that protects the interests of women
and simultaneously remain deeply aware of the exclusions, contradictions and
alliances that we do or do not make to enable said action? The hypothesis of this
research branches in two ways: the first being that the deconstruction of feminism’s
foundational subject does not represent the end of feminism, but in fact constitutes
an essential step towards keeping feminism relevant. Viewing its subject as an open
field for dispute and debate represents the solution to feminism’s representation
problem, not its undoing. However, in renouncing a strong identitarian basis – the
ontology of which is, from the beginning, illusory –, we are left with a void: what
element, if not the identitarian one, allows both a feminist description of the world
and its normative claims? Our second hypothesis is that the answer to this question
is in an ontology founded not on identity, but on a “new ontology of the body”, whose
constitutive vulnerability is shared by all. From this inescapable precarious condition,
Judith Butler derives an ethics of precarity which, we believe, would allow feminist
thinking to deal with the contradictions of countless identities which constitute
subjects; identities that not only reach beyond gender, but also inform how gender
is experienced – race, class, nationality, etc. – and, in doing so, build a way of
thought and action that is permeated by the many and unpredictable intersections
that arise from the meeting of diverse bodies in search of a livable life. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Sem bolsa | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pelotas | pt_BR |
dc.rights | OpenAccess | pt_BR |
dc.subject | Feminismo | pt_BR |
dc.subject | Gênero | pt_BR |
dc.subject | Judith Butler | pt_BR |
dc.subject | Precariedade | pt_BR |
dc.subject | Feminism | pt_BR |
dc.subject | Gender | pt_BR |
dc.subject | Precarity | pt_BR |
dc.title | O feminismo em outros termos: da crítica ao sujeito fundacional feminista à ética da precariedade em Judith Butler. | pt_BR |
dc.title.alternative | Feminism on other grounds: from the critique of the feminist foundational subject to Judith Butler’s ethics of precarity. | pt_BR |
dc.type | masterThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorID | | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/5478496017695674 | pt_BR |
dc.contributor.advisorID | | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/3056277862547671 | pt_BR |
dc.description.resumo | A tradição filosófica, epistemológica e política que podemos hoje chamar de
feminista foi construída sobre as bases mutáveis do conflito e da contestação,
composta por vozes divergentes que a todo o momento se embatem e se desafiam.
A cada tentativa de delimitar seu sujeito e suas demandas, o feminismo hegemônico
é interpelado por aqueles que invariavelmente exclui; é chamado a perceber as
limitações e localizações de suas pretensões universais. Encontramos nas críticas
de Judith Butler, filósofa que no final dos anos 1980 inicia sua análise dos problemas
de gênero do feminismo, tanto um fio condutor quanto um enquadramento para este
problema: se as fundações sobre as quais o feminismo se sustenta - se o sujeito
em nome do qual se pretende falar e a partir do qual as demandas morais feministas
são elaboradas – se estabelece como local de disputa, e, por consequência, em
constante revisão, o que resta ao feminismo? Como mantê-lo vivo, relevante e
representativo? De que forma embasar e prosseguir com a ação teórica e política
que zela pelos interesses das mulheres e, ao mesmo tempo, permanecer
dolorosamente consciente das exclusões, das contradições e das alianças que
fazemos e deixamos de fazer para que essa ação seja possível? A hipótese deste
trabalho bifurca-se em duas: a primeira é que a desconstrução do sujeito
fundacional do feminismo tanto não representa o fim do feminismo como constituise,
na verdade, em um passo essencial para que permaneça relevante. O sujeito
do feminismo como aberto, como constante campo de contestação e debate,
representa uma solução ao problema de representação do feminismo, e não sua
derrocada. No entanto, ao renunciarmos a uma base identitária firme – cuja
ontologia é, desde o início, ilusória –, somos deixados com uma lacuna: em torno
de que nos reunirmos? Qual o elemento, se não o identitário, que permite não
apenas as descrições feministas de mundo, mas também suas reivindicações
normativas? A nossa segunda hipótese é a de que a resposta para esse
questionamento está em uma ontologia fundada não na identidade, mas em uma
“nova ontologia do corpo”, cuja vulnerabilidade constitutiva é partilhada por todos.
Dessa condição precária inescapável, Judith Butler deriva uma ética da
precariedade que, acreditamos, permitiria ao pensamento feminista lidar com as
contradições das inúmeras identidades que formam os sujeitos, identidades que
não apenas vão além do gênero, mas que informam como o gênero é experienciado
– raça, classe, nacionalidade, etc. – e dessa forma construir um pensar e um agir
ainda mais permeável pelas diferentes e imprevisíveis intersecções que surgem do
encontro de sujeitos diversos em busca de uma vida vivível. | pt_BR |
dc.publisher.department | Instituto de Filosofia, Sociologia e Política | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Filosofia | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPel | pt_BR |
dc.subject.cnpq | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Chagas, Flávia Carvalho | |