Acessibilidade para deficientes visuais: avaliação do desempenho da caminhada em espaços públicos de Pelotas/RS.
Abstract
Essa pesquisa analisa o deslocamento de deficientes visuais no ambiente
urbano, focando nas condições de autonomia desses usuários durante o
processo de orientação espacial. Nesse contexto, o problema de pesquisa
centra-se na forma como são planejados espaços públicos, como passeios,
praças e parques, que, em sua maioria, não possuem acessibilidade adequada
e dificultam a orientação espacial de usuários com deficiência visual. Dentre as
limitações encontradas no ambiente urbano, a falta de autonomia nas atividades
do cotidiano afeta a forma como a pessoa com deficiência visual se relaciona
com o mundo ao seu redor, podendo interferir ou prejudicar o desenvolvimento
ocupacional, cognitivo e psicológico desses usuários. O objetivo geral deste
estudo é propor recomendações para o planejamento de espaços urbanos que
garantam a autonomia de deficientes visuais. A cidade de Pelotas foi definida
como objeto de estudo e a entrevista caminhada foi utilizada para identificar
problemas enfrentados pelos usuários durante a utilização dos espaços.
Também foram utilizados como métodos o levantamento físico, e a entrevista
semiestruturada. Os resultados apontam que o desempenho para realizar as
tarefas da caminhada é influenciado pelas limitações causadas pela precária
sinalização das áreas da cidade. É verificado que a falta de autonomia para
realizar ações de orientação e mobilidade é o principal obstáculo encontrado por
deficientes visuais nos espaços públicos.
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