Pelos (des)caminhos de gentes, bichos e coisas: uma etnografia a pé na pampa brasileira.
Resumo
Esta etnografia resulta do seguir e descobrir caminhos de gentes, bichos e coisas nas diferentes paisagens da pampa brasileira. Apresenta-se uma pampa heterogênea, manejada em devires constituindo um emaranhado de relações. Tal caminhada se dá junto a pecuaristas e/ou agricultores familiares e seus mundos, enquanto artífices criativos tecendo e tramando inúmeras linhas, de fuga, de transformação, de vida. Ao inserir-se em fluxos e devires, esses artífices, seres com vida, tornam-se múltiplos, fragmentados, multisituados e criam uma série de conexões que levam a discussão das fronteiras vazadas de agricultura/pecuária, rural/urbano, natureza/cultura, tradicional/moderno. Outras tramas levam aos enfrentamentos contra o capitalismo moderno colonial e seus entes indesejados. As multiplicidades são misturas e desvios e, assim, são contra-narrativas às práticas e políticas de purificação do Estado, das corporações e seus projetos de mercantilização da vida. Nesse sentido que, tais linhas, confeccionadas pelo seguir os rastros e as conexões, conforma uma série de questões. Por conseguinte, atento para as possibilidades de fazer a pampa sustentada nas experiências das múltiplas linhas que conformam um pluriverso.
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