Apropriação espacial e formação universitária: uma análise das práticas espaciais dos estudantes do curso de geografia da UFPel
Resumo
O presente trabalho traz à tona uma contribuição em relação as discussões sobre as práticas espaciais relacionadas ao processo de apropriação espacial no ambiente universitário. Como objetivo geral, buscou-se analisar a contribuição das práticas espaciais para a apropriação espacial dos alunos de Geografia da Universidade Federal de Pelotas perante os espaços universitários. Os objetivos específicos da pesquisa focaram-se em: identificar quais as práticas espaciais são recorrentes no dia a dia dos alunos, avaliando quais os elementos ou fatores que contribuem ou não para a apropriação espacial no ambiente universitário; problematizar essas práticas e a apropriação espacial, bem como, sua contribuição na formação dos alunos de Geografia. Para alcançar esses objetivos, usou-se reflexões acerca das práticas espaciais e da apropriação espacial, relacionando estes a Geografia e ao espaço, tendo as contribuições de autores como Lefebvre (2006), Harvey (2012), Souza (2016) e Moreira (2017). Esse aporte bibliográfico foi alicerce que conduziu as reflexões para o estudo de caso. Assim, a coleta de dados se baseou na aplicação de um questionário online, a fim de analisar dados relativos as práticas espaciais dos alunos da Geografia – UFPel. Como resultados, obteve-se que as práticas são uma fonte inesgotável e primordial de relações que geram a apropriação espacial, seja essa apropriação negativa ou positiva (na ótica do apropriador). E fatores físicos do espaço como: características arquitetônicas, mobilidade e estrutura são tão importantes quanto os fatores subjetivos das relações sociais, como: interação entre alunos e professores, grupos de estudos, eventos e organizações de eventos. Deste modo, são através das práticas espaciais que se formam ações sociais que constroem o universo hierárquico e dinâmico dos alunos da Geografia na Universidade Federal de Pelotas. Assim, pensa-se que a pesquisa pode contribuir no segmento desta discussão geográfica recente acerca das práticas espaciais, mostrando que estas são constantes contribuintes no processo de apropriação espacial.
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