As Marias que tecem os amanhãs: fiando a existência e tramando a resistência na fábrica Rheingantz (Rio Grande, 1920-1968).
Resumo
O problema de pesquisa se fundamenta na análise de como as desigualdades de gênero se estruturaram na fábrica Rheingantz e se consolidaram nas memórias de trabalhadoras (es) e empresários da empresa. Para isso, O recorte temporal compreende diferentes momentos conjunturais brasileiro e local, de 1920 a 1968, com a finalidade de observarmos como as mudanças sociais e econômicas impactaram as experiências das mulheres no mundo do trabalho. A exploração hibrida com fontes documentais e orais possibilitaram um olhar mais aprofundado sobre o passado das operárias, tendo sido examinados: entrevistas orais com funcionárias (os) e empresários, assim como documentos do setor administrativo da indústria Rheingantz. Além disso, para visualizarmos como as desigualdades de gênero se expressaram no movimento operário, foram estudados jornais operários e comerciais (A luta, O tempo e Nosso Verbo) e o acervo da Sociedade União Fabril. Nesse sentido, discuti como os discursos que justificam a divisão sexual do trabalho foram apropriados e ressignificados pelas (os) sujeitos que compunham a mão de obra e a direção da empresa, assim como as formas que o operariado atuou em sua agência contrária as formas de dominação.
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