O ensino da atividade física para a saúde no currículo dos cursos de medicina: o panorama brasileiro.

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Data
2015-04-27Autor
Dourado, Adriana Akemi Takahashi
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É amplamente evidenciada a importância da atividade física como estratégia para
melhoria da qualidade de vida da população. Entretanto, estudos relatam que ainda
é baixo o aconselhamento sobre este assunto por parte dos médicos, os quais
apontam o desconhecimento específico na área como sendo uma das principais
barreiras. Autores indicam portanto, que o momento adequado para o ensino desta
informação seria ao longo da graduação. O objetivo do presente estudo é descrever
a presença de conteúdos relacionados à "atividade física" e/ou ao "exercício físico"
nos currículos dos cursos de medicina brasileiros. Trata-se de um estudo descritivo,
do tipo censo, realizado através de análise documental disponível online, nos sites
institucionais dos cursos de medicina do país. Identificamos 233 cursos de medicina
em funcionamento, de acordo com o Ministério da Educação e Cultura. Em 67,8%
(n=158) dos cursos, foi possível avaliar o conteúdo curricular com base no material
disponível. Foi observado que 12% dos cursos apresentam em suas grades
curriculares, ementas ou projeto pedagógico, conteúdos relacionados à "atividade
física" e/ou ao "exercício físico". Verificamos ainda que este ensino é mais frequente
em cursos pertencentes às instituições de ensino da rede pública quando
comparados aos da rede privada (21,5% vs. 5,4%; p=0,002). O ensino sobre
atividade física nos cursos de medicina brasileiros é baixo, sendo indicada a
necessidade da adequação dos currículos a temas de relevância como os benefícios
da atividade física em nível individual e populacional, uma vez que os médicos
detêm, em seu papel profissional, fundamental importância na promoção da saúde
coletiva.
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