dc.identifier.citation | WILLE, Danielle Neugebauer ; MENASCHE, Renata. Embalagens de alimentos: boas para pensar. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS DO CONSUMO, 6., 2012, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro: UFRJ, 2012. Disponível em: http://www.ufrgs.br/pgdr/publicacoes/producaotextual/renata-menasche/wille-danielle-neugebauer-menasche-renata-embalagens-de-alimentos-boas-para-pensar-in-vi-encontro-nacional-de-estudos-do-consumo-enec-rio-de-janeiro-2012. Acesso em: 28/07/2020. | pt_BR |
dc.description.abstract | É intrigante verificar que muitos alimentos provenientes da indústria, altamente processados,
são muito bem apresentados em suas embalagens, através de primorosas técnicas de ilustração e
manipulação fotográfica, buscando representar um status natural e saudável, seja por meio de
tomates suculentos ou vacas bucólicas. O ato de consumir alimentos é motivado, em grande
medida, pelo olhar que estima e atribui significados à comida. Nesse sentido, a apresentação do
produto por meio da embalagem é relevante, pois pode mostrar-se como significativa na
determinação da escolha e consumo dos alimentos. Não se pretende aqui julgar as legitimidades
desses produtos ou, ainda, caracterizar os discursos presentes nas embalagens como
manipuladores. Consideramos que o design é, ao mesmo tempo, produto da cultura à qual
pertence e produtor de significados, influenciando a vida das pessoas e participando da
composição de seu universo simbólico e material. Podemos entender com isso que, mais do que
representar os atributos funcionais de um produto, as embalagens representam valores e
significados construídos socialmente. Ainda que julguemos, muitas vezes, os discursos como
manipulatórios, não podemos esquecer que eles são produções humanas, estando, portanto,
necessariamente construídos no interior de uma cultura. É assim que o presente trabalho busca
apreender, a partir da análise de quatro embalagens comercializadas em supermercados,
tendências alimentares e estratégias utilizadas por indústrias. Trata-se de um esforço reflexivo
ancorado no diálogo entre estudos do consumo, alimentação e design. Foram observadas duas
categorias de apelo: o natural em oposição ao industrial; o artesanal e caseiro. | pt_BR |