Efeito do substrato, revolvimento e cal sobre características físicas e microbiológicas da cama na produção de frangos de corte.
Resumo
Com o objetivo de avaliar o efeito do substrato, do revolvimento e do cal sobre
variáveis produtivas e características físico-quimicas e microbiológicas da cama.
Foram alojados aleatoriamente a 18 boxes com cama nova (unidade experimental)
216 frangos de corte machos da linhagem Cobb. Foi utilizado um delineamento em
parcelas subdivididas com seis tratamentos nas parcelas principais: T1 - Maravalha
(MA) + Revolvimento Diário até 14 dias (RD); T2 – MA + sem Revolvimento Diário
até 14 dias (SRD); T3 – Casca de arroz (CA) + RD; T4 – CA + SRD; T5 – Mistura de
50% MA e CA + RD; T6 - Mistura de 50% MA e CA + SRD. Após o término da
primeira fase do experimento, dois tratamentos foram alocados as subparcelas: 0 e
300g CaO m-2 de cama. Em períodos semanais, durante a criação dos frangos,
foram realizadas análises físico químicas das camas aviárias. Os dados foram
analisados por analise de duas vias de variância (ANOVA). As médias dos
tratamentos foram comparadas por “LSMeans”. As comparações das médias de
quadrados mínimos para o efeito do revolvimento ou não e para o uso de casca de
arroz ou maravalha foram realizadas por contrastes ortogonais. Paralelo ao
experimento foi realizado um levantamento de dados numa indústria avícola do Sul
do Brasil para avaliar o desempenho dos produtores em relação as diferentes
práticas de manejo da cama e outras variáveis de interesse zootécnico. Os dados do
levantamento foram analisados usando analise de regressão passo a passo
(stepwise regression). Para todas as análises foi considerado um nível de
significância de P<0,05. O revolvimento diário da cama até os 14 dias de vida
reduziu a frequência de lesões por pododermatite. A casca de arroz
significativamente apresentou o maior índice de lesões de pododermatite. Os tipos
de substrato e o manejo do revolvimento não afetaram a contagem de UFC, porém a
adição do CaO foi eficiente na redução em 57,2, 66,9 e 92,1% na contagem de UFC
nos meios de cultura BHI, Chapman e Mac Conckey, quando em comparação com o
controle (6,4%, 17,9% e 46,1%) respectivamente (P<0,001). No trabalho de
levantamento de dados foi observada a relação existente entre a idade de abate das
aves com o ganho de peso diário (GPD) e o fator de produção (FP). Conforme o
trabalho, cada dia no atraso do abate, dos 42 aos 49 dias de idade, reduz 0,07 no
fator de produção (P=0,025), acarretando perdas no desempenho e prejuízo ao
produtor. Através do levantamento de dados foi observado que o revolvimento das
camas na fase final da criação dos frangos de corte (35-42 dias) auxiliou a reduzir as
lesões de condenação no abatedouro.
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