Seleção da estrutura etária, idade e as relações de crescimento de Hoplias aff. malabaricus (Bloch, 1794) na região sul do Rio Grande do Sul, Brasil.

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Data
2013-09-05Autor
Einhardt, Marcos Dinael Schellin
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Mostrar registro completoResumo
A determinação de idade dos peixes através de estruturas calcificadas compõe em uma das informações básicas mais importantes que permitem a avaliação dos estoques pesqueiros. Esse tipo de estudo é vital para a compreensão da dinâmica populacional das espécies, principalmente quando essas populações são submetidas a influências ambientais e/ou antrópicas. A traíra Hoplias aff. malabaricus é a espécie de peixe de água doce de maior importância para a pesca artesanal do sul do Rio Grande do Sul, mas nos últimos anos, seus estoques naturais vêm diminuindo drasticamente. O presente estudo analisou escamas e otólitos da traíra para selecionar a estrutura de aposição que proporciona melhores resultados quanto a visualização de suas marcas de crescimento, bem como, determinou a idade e as relações de crescimento da espécie em dois ambientes continentais da região sul do Rio Grande do Sul. Foram testadas diversas metodologias para ambas as estruturas, conforme indicado na literatura. Os resultados das observações de escamas e otólitos e a comparação entre as estruturas mostraram que as escamas da traíra retiradas da região mediana do corpo do peixe e analisadas sob luz transmitida e iluminação de baixa intensidade, proporcionam melhor nitidez na identificação dos anéis de crescimento. Os otólitos, mesmo submetidos a diversas metodologias de visualização, não são indicados para a leitura das marcas de crescimento nesta espécie. Foi possível determinar a idade de ambas as populações analisadas, a validação dos dados foi realizada através da equação de Von Bertalanfy. Foram encontradas idade de até 9 anos nos peixes na Barragem do Chasqueiro e até 5 anos na Lagoa Mirim. O tamanho médio, tanto em comprimento como em peso foram, estatisticamente, superiores nos exemplares da Barragem do Chasqueiro. Os resultados encontrados sugerem que a população de traíras da Lagoa Mirim está sofrendo com a atividade pesqueira, principalmente os peixes maiores e mais suscetíveis a captura pelas redes dos pescadores. Essas informações são evidenciadas, através do tamanho médio dos exemplares em cada classe de idade e os parâmetros de crescimento da espécie em cada ambiente estudado.
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