Microencapsulação de extratos metanólicos de amora-preta (rubus fruticosus) e ácido gálico.
Resumen
Os frutos de amora-preta constituem-se em uma fonte alimentar de alto teor de
compostos fenolicos, como o ácido gálico, ácido þ-hidroxibenzóico,
epicatechina e quercitina. Dentre estes, o ácido gálico é encontrado em maior
abundância. Estes compostos apresentam propriedades antioxidantes, no
entanto devido à presença de ligações insaturadas na sua estrutura molecular
são vulneráveis a ação de agentes oxidantes como luz, calor, oxigênio e
umidade. Uma alternativa para manter a estabilidade destes compostos, é
propiciar a sua proteção em uma matriz polimérica, os quais permanecem
protegidos até o momento que esses compostos sejam liberados desta matriz.
Desta forma, o objetivo deste estudo foi microencapsular ácido gálico nas
matrizes de β-ciclodextrina (β-CDS), quitosana (Q), xantana (X) e o extrato
fenólico de amora-preta na presença destes polimeros e do hidrogel de
xantana e quitosana (H), confirmar a encapsulação pelas técnicas de
Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Calorimetria Diferencial de
Varredura (DSC), Análise Termogravimétrica (TGA), determinar a atividade
antioxidante, avaliar a liberação controlada dos compostos fenólicos e
determinar a eficiência da encapsulação. Pode-se concluir que o ácido gálico
foi encapsulado nas matrizes Q, β-CDS e X, pelo método de liofilização, assim
como o extrato fenólico de amora-preta que foi encapsulado nestas mesmas
matrizes e adicionalmente na matriz H. Os encapsulados apresentaram
características distintas ao ácido gálico e ao extrato fenólico na sua forma pura,
sendo comprovado pelas técnicas de MEV, DSC e TGA. Na encapsulação do
ácido gálico na matriz quitosana foi obtida a maior eficiência de encapsulação,
com a formação de cápsulas com formato característico e maior proteção do
núcleo, conforme resultados de DSC e TGA, sendo tambem matida a atividade
antioxidante. Em relação ao extrato fenólico de amora-preta houve a formação de cápsulas de formato característico com as matrizes quitosana e xantana. A
eficiência de encapsulação dos compostos foi dependente do revestimento
utilizado. A maior atividade antioxidante foi relacionada a presença equitativa
dos compostos fenólicos, ácido gálico e da epicatechina, nas microcápsulas
revestidas com β-ciclodextrina e xantana. A liberação controlada do extrato
fenólico das cápsulas foi influenciada pelo revestimento, assim como pelo
solvente e pH do meio.
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