Resistência de genótipos de batata a Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae).

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Data
2013-03-12Autor
Teodoro, Jefferson Silveira
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A batata é uma das mais importantes culturas com destaque na região Sul do
Brasil, principalmente no estado do Rio Grande do Sul. Dentre as diversas pragas
subterrâneas, Diabrotica speciosa é considerada a principal, e o seu controle vem
sendo realizado por meio de inseticidas químicos, os quais são aplicados de forma
generalizada e sistemática. A disposição de cultivares resistentes como um dos
componentes obtidos a partir de programas de melhoramento são fundamentais.
Essa pesquisa teve como objetivo geral avaliar a reação de genótipos de batata
selecionados no programa de melhoramento da batata pela Embrapa Clima
Temperado ao ataque de D. speciosa. Foi avaliado o comportamento alimentar de
adultos em folhas de dez genótipos, em condições de laboratório. O conjunto de
estudos permitiu verificar que os genótipos Asterix, BRS Clara, BRS Eliza e NYL
235-4 formaram um grupo intermediário de consumo, e os demais formaram um
menos consumido. Evidencia-se um comportamento de resistência (“não-preferência
para a alimentação”) dos genótipos BRS Ana, C2337-06-02, C2337-18-02, C2342-1-
02, C2362-02-02. Objetivou-se ainda avaliar o comportamento de seis genótipos,
sob condição de confinamento de adultos de D. speciosa, quanto à resistência ao
ataque dos insetos nas folhas e nos tubérculos e alguns caracteres de importância
agronômica. Predominaram resultados confirmativos da suscetibilidade da cultivar
Asterix e da resistência dos clones NYL 235-4 e C2342-1-02 tanto na parte aérea
como nos tubérculos produzidos. Os resultados permitiram ainda evidenciar que o
clone NYL 235-4 apresentou também um comportamento de tolerância ao ataque de
D. speciosa com uma menor porcentagem de perda em produção de tubérculos,
juntamente com o C2337-06-02. Também foram positivos os resultados encontrados
para os clones da Embrapa C2337-06-02 e C2362-02-02, que manifestaram
resistência ao ataque da fase jovem do inseto nos tubérculos. Além das
características relacionadas à resistência a D. speciosa, os clones de batata
derivados da espécie silvestre S. berthaultii agregaram caracteres agronômicos
desejáveis tais como: melhor rendimento, número de tubérculos total e comercial
(C2337-18-02 e NYL 235-4), boa aparência, formato alongado (C2337-06-02,
C2337-18-02 e C2362-02-02), pele lisa (C2362-02-02) e profundidade do olho mais
rasa (C2337-18-02, C2362-02-02 e NYL 235-4). Também se procedeu a avaliação
da reação de seis genótipos, em condições infestação natural, quanto à resistência
ao ataque dos insetos nas folhas e nos tubérculos. Evidenciou-se um
comportamento de suscetibilidade para o genótipo Asterix e de resistência, do tipo
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não-preferência para a alimentação de adultos de D. speciosa, para os demais
genótipos. Os clones C2337-06-02 e C2337-18-02 formaram o grupo de genótipos
com maior número de perfurações nos tubérculos, evidenciando não haver uma
relação entre os danos causados por D. speciosa às folhas e aos tubérculos de
batata. Os demais clones da Embrapa (C2342-01-02 e C2362-02-02), a cultivar
Asterix e o clone NYL 235-4, foram os genótipos com menor registro de perfuração
de tubérculos.
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