Mudanças morfofisiológicas e metabólicas em biótipos de azevém, resistente ou suscetível a glyphosate em competição com soja.
Resumen
A soja (Glycine max) é a oleaginosa mais cultivada no mundo; no entanto, seu cultivo
depende do uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas. Em resposta ao
manejo adotado, tem ocorrido evolução de populações de plantas daninhas
resistentes, sendo que há alguns anos, os produtores vêm observando dificuldades
para controlar o azevém (Lolium multiflorum) com o herbicida glyphosate. Os objetivos
da pesquisa foram: determinar C50 e MS50 do biótipo de azevém resistente, em
relação ao biótipo suscetível; investigar a habilidade competitiva relativa entre
biótipos resistente e suscetível de azevém e desses com a cultura da soja; e,
verificar as alterações nos compostos secundários e os danos celulares em plantas
de soja e dos biótipos de azevém resistente e suscetível ao glyphosate, quando em
competição. Os resultados demonstraram que, para o controle do biótipo resistente,
são necessárias doses superiores a 40 vezes àquela necessária para o biótipo
suscetível. A cultura da soja possui competitividade equivalente ao biótipo suscetível
e inferior ao biótipo resistente, enquanto os biótipos suscetível e resistente
apresentaram habilidades competitivas equivalentes. Em geral, para a cultura da
soja, a produção de compostos secundários, bem como os danos oxidativos
aumentaram em decorrência da competição interespecífica. Os biótipos, tanto
suscetível quanto resistente, não apresentaram alterações na produção de
metabólitos secundários e danos oxidativos quando competindo entre si ou com a
cultura da soja.
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