Da guerra de morte contra o cristianismo em Nietzsche à filosofia da profanação em Agamben: contatos, afastamentos e intertextualidades.
Resumen
Esse trabalho tem como objetivo relacionar a crítica de Nietzsche ao cristianismo e os fundamentos da obra de Agamben na sua proposta de filosofia da profanação. Tanto em Nietzsche, quanto em Agamben, a civilização ocidental é herdeira de um vazio de sentido que promove a massificação do homem a fim de conduzi-lo como motor inconsciente do poder, este poder em geral é desempenhado por uma figura de tipo sacerdotal. O estudo em questão propõe que parte das investigações de Agamben são herdeiras de problemáticas, nem sempre de soluções, apontadas por Nietzsche como sua crítica à sociedade ocidental cristã, a figura sacerdotal, à ética kantiana e aos ideais ascéticos. Esta correlação está ligada pela exploração de lacunas deixadas por Nietzsche, no sentido em que o filósofo italiano dá seguimento a temas que seu predecessor não pôde concluir e no diagnóstico de uma série de contatos, distanciamentos e intertextualidades entre algumas críticas nietzschianas e aspectos centrais na filosofia de Agamben. Assim sendo, trabalharemos privilegiadamente com a Genealogia da Moral e o Anticristo, de Nietzsche, ao passo em que daremos vistas a algumas obras de o Homo sacer de Agamben de forma mais sistemática, a saber: O Reino e a Glória, Opus Dei e Altíssima Pobreza. Obviamente a pesquisa não se esgota nestes títulos e, sempre que necessário, outras obras serão recrutadas para apoiar nossas investigações.
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