O aproveitamento da luz natural em prédios públicos administrativos: Estudo de caso em prédio da UFPel.
Resumen
A luz é elemento fundamental para o desempenho das mais variadas atividades
humanas. Nos ambientes de trabalho é um fator que interfere na capacidade de
realização de tarefas, na produtividade, e até mesmo na saúde das pessoas. O uso
adequado da iluminação natural, especialmente em edificações de uso diurno, pode
contribuir significativamente para a redução do consumo de energia elétrica,
melhoria do conforto visual e bem-estar dos ocupantes. Neste sentido, a presente
pesquisa tem como objetivo avaliar o aproveitamento da luz natural em salas de
trabalho de prédio administrativo da Universidade Federal de Pelotas, de modo a
sugerir recomendações que possibilitem melhorias relacionadas ao conforto visual,
ao incremento do uso da luz natural no interior dos espaços e à eficiência energética
da edificação. As salas localizam-se no bloco administrativo do Edifício Delfim
Mendes Silveira, situado no campus Porto da UFPel, em prédio histórico do antigo
frigorífico Anglo. O estudo envolve a análise de variáveis de iluminação, tais como
iluminância, luminância, refletância, uniformidade, contribuição da iluminação natural
(CIN), contraste e ofuscamento; variáveis arquitetônicas relativas às características
físicas das salas, layout, mobiliário e materiais de acabamento; e, variáveis de
comportamento e percepção do usuário, analisadas em datas próximas ao solstícios
de inverno e verão, nas condições de céu claro e céu encoberto. O processo de
investigação constitui-se de levantamento físico, lumínico, observações, entrevistas
e análise da eficiência energética do sistema de iluminação. Os dados lumínicos
encontrados foram avaliados segundo recomendações e parâmetros normativos, e
foram cruzados com os comportamentos de uso observados e as respostas
perceptivas manifestadas pelos usuários. Os resultados demonstraram que a
efetividade do aproveitamento da iluminação natural ocorre em uma faixa
correspondente a 1,5 vezes a altura da parte superior das janelas; que a integração
entre a iluminação natural e o sistema artificial são fundamentais para que os níveis
de iluminância mantida sejam alcançados e se obtenha maior uniformidade, melhora
nos padrões de conforto visual e economia de energia; e que a interação do usuário
com os dispositivos de controle das condições lumínicas está associada à percepção
de desconforto visual, interferindo diretamente no potencial de aproveitamento da luz
natural no interior dos espaços.
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