Raízes negras, caminhos do samba: experiências musicais e transformações na academia do samba

Visualizar/ Abrir
Data
2024-09-27Autor
Sevidanes Junior, Paulo Henrique
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este estudo aborda a formação e o desenvolvimento da Escola de Samba Academia do Samba, evidenciando como as populações negras em Pelotas-RS criaram e adaptaram suas próprias formas de organização e expressão cultural. O trabalho tem como ponto de partida o cordão carnavalesco Fica Ahi pra Ir Dizendo, que deu origem ao Clube Fica Ahi e, posteriormente, à Academia do Samba. Por meio da análise de documentos históricos, como atas e registros institucionais, foi possível identificar as dinâmicas internas que impulsionaram as mudanças nos formatos organizacionais e seu diálogo com as práticas musicais. A pesquisa destaca a importância da Academia do Samba como uma instituição cultural e musical protagonizada por negros. A trajetória dos músicos, as apresentações e os desfiles revelam as experiências musicais que são essenciais para a identidade da agremiação, além de expor as relações sociais e culturais que permeiam essas práticas. A diáspora africana é aqui compreendida como uma rede rizomática, facilitando trocas simbólicas e transformações institucionais, culturais e musicais que marcaram a história da Academia do Samba. Por fim, o estudo contribui para a valorização do carnaval como espaço de expressão, resistência e reinvenção cultural de grupos negros, demonstrando como a música e a organização coletiva são centrais nas preservações e transformações das tradições afro-diaspóricas. A Academia do Samba se consolida como um símbolo de identidade e memória cultural, traduzindo as múltiplas camadas de história, cultura e arte que caracterizam o carnaval de Pelotas
