Influência do polimorfismo R577X da ACTN3 na resposta ao treinamento físico intenso: desempenho, estresse oxidativo e perfil nutricional
Resumen
A genética é um importante fator para explicar as diferentes respostas de indivíduos ao treinamento físico. As diferenças genéticas mais estudadas são conhecidas como polimorfismos genéticos. Algum avanço já foi obtido quanto à influência genética na modulação da resposta ao treinamento físico, mas muito ainda precisa ser feito com relação ao desenvolvimento de diferentes protocolos de treinamento de acordo com a genética dos atletas, a fim de se obter melhor resultado no ganho de desempenho e menor risco de lesões ou desenvolvimento de problemas, como o aumento do estresse oxidativo. Com isso, a avaliação de desempenho em testes físicos e do estresse oxidativo em resposta a um período de treinamento intenso pode elucidar parte da contribuição do gene ACTN3 na resposta ao treinamento físico e susceptibilidade a lesões durante o treino, permitindo assim intervenções personalizadas para cada indivíduo, como alterações na dieta, por exemplo. A amostra contou com militares do gênero masculino com perfil semelhante, todos foram submetidos a um protocolo de duas semanas de treinamento físico intenso. Testes físicos e de estresse oxidativo foram realizados para verificar o efeito do treinamento nos sujeitos. Os valores antropométricos não diferiram entre os genótipos. O perfil nutricional foi intermediário. Observaram-se alterações no estresse oxidativo plasmático dos sujeitos após o treinamento físico com relação aos genótipos analisados. O protocolo de treinamento físico utilizado se mostrou adequado para ganho de desempenho físico. Com os resultados encontrados parece existir associação dos diferentes genótipos do polimorfismo ACTN3 R577X com a modulação do ganho de desempenho em varáveis físicas relacionado à força e a resistência após o estímulo.

