Guia prático de desing de interação, quanto à ética e ao bem-estar digital

Abstract

O design das tecnologias, conforme Clements e Boyle (2018), é capaz de mobilizar comportamentos. Fogg et al. (2007) apontam o final da década de 90 como o momento em que se começa a criar sistemas interativos capazes de motivar e persuadir usuários, culminando no design persuasivo. Neste domínio, designers de interação devem tornar os sistemas fáceis e agradáveis, usando estratégias como investir em design visual, facilidade de uso e personalização da experiência. Svoboda (2022) problematiza do uso exagerado desses artifícios, num cenário onde empresas de tecnologia buscam a todo custo aumentar métricas de envolvimento do usuário, levando a produtos digitais que formam hábitos. Algumas funcionalidades como a Rolagem Infinita ou a Reprodução Automática levam a uma experiência de usuário fluida e agradável, mas também podem minar a autonomia e a consciência dos usuários, gerando preocupações éticas.