Impacto de overdentures mandibulares retidas por 2 e 3 implantes na remodelação óssea dos maxilares e peri-implantar, 3 anos de acompanhamento
Resumo
Este estudo avaliou o impacto de overdentures mandibulares retidas por 2 e 3 implantes, na remodelação óssea dos maxilares e no nível ósseo peri-implantar, por análise radiográfica, em usuários de Prótese Total Maxilar (PTM) e Overdenture Mandibular (OM), após 3 anos em função. A amostra foi composta por 2 grupos: i) OM retida por 2 implantes (OM2, n=12) ii) OM retida por 3
implantes (OM3, n=12). Radiografias panorâmicas digitais realizadas na instalação da OM (T0) e após 1 ano (T1) e após 3 anos (T2) foram mensuradaslinearmente para avaliação da área e altura óssea anterior e posterior de maxila e de mandíbula e nível ósseo peri-implantar. Pontos e linhas de referência foram traçados utilizando 2 softwares, Adobe Photoshop CS6 e Image J. Para análise estatística os dados foram submetidos a teste de normalidade Shapiro-Wilk, Teste Anova para comparação entre grupos e teste T pareado para intra-grupos com um nível de significância adotado foi de 5%. Durante o primeiro ano, o grupo OM2 apresentou discreta reabsorção óssea (-0.07±0.18mm; p=0.03) na área maxilar anterior em contraste com as áreas maxilares e mandibulares posteriores que não apresentaram diferenças e mantiveram-se estáveis. A área posterior da maxila apresentou diferença significante com leve aposição óssea no grupo OM2 (0.07±0.19mm; p=0.008) e uma discreta perda óssea no grupo OM3 (- 0.03±0.19mm; p=0.001), neste tempo de avalição. Após 3 anos de uso, o grupo OM3 apresentou uma discreta reabsorção óssea (-0.05±0.13mm; p=0.02) na área maxilar anterior, enquanto que para OM2, observou-se valores estáveis na
área maxilar posterior (0.00±0.19mm; p=0.02). Considerando as comparações entre grupos nos tempos de avalição, a altura linear mandibular esquerda L3 apresentou diferença significativa no terceiro ano (OM2=-2.23±2.9mm; OM3=0.52±2.9mm; p=0.03). No nível ósseo peri-implantar dos grupos encontram-se no primeiro ano, para o grupo OM2, notou-se uma perda óssea no nível ósseo peri-implantar da face mesial do implante direito, (-0.24±0.34mm; p=0.02), assim como para o grupo OM3, que apresentou perda óssea na face direita do implante mediano (-0.28±0.36mm; p=0.01). Após 3 anos de uso, no grupo OM2 foi encontrada perda do nível ósseo peri-implantar, na face mesial do implante direito (-0.31±0.43 mm; p=0.02) e em ambas as faces do implante esquerdo (mesial=-0.28±0.31mm; p=0.007); (distal=-0.27±0.43mm; p=0.04). No grupo OM3, as diferenças foram encontradas na face direita do implante mediano (-0.37±0.31mm; p=0.001) e em ambas as faces do implante esquerdo (mesial-0.32±0.41mm; p=0.02) ;(distal -0.32±0.42mm; p=0.02), indicando perda do nível ósseo peri-implantar em 3 das 6 faces avaliadas. Conclusão: O tratamento de desdentados totais com OM retidas por 2 e 3 implantes apresentaram remodelação óssea estável em maxila e mandíbula após 3 anos em função