(Re)Aprender a rezar na era da técnica: experiência e aura nos romances da tetralogia O Reino, de Gonçalo M. Tavares
Resumo
O presente estudo tem o objetivo de analisar as narrativas que compõem a tetralogia
O Reino, a qual é composta pelos livros: Um homem: Klaus Klump (2007 [2003]), A
máquina de Joseph Walser (n/i [2004]), Jerusalém (2006 [2004]) e Aprender a rezar
na era da técnica (2008 [2007]). Em suma, todos os romances conversam com a ideia
da supremacia da máquina sobre o humano. Particularmente, cada uma das
narrativas desenvolve a sua história, sem estabelecer uma relação direta entre si,
ainda que se direcionem para um contexto uno que, possivelmente, seja pensar o mal
em sua totalidade, considerando uma crise da modernidade. Por isso, pretendemos
confrontar as personagens principais com as personagens das histórias paralelas,
que aparecem em todas as obras, bem como o enredo de cada uma, para que, no
fim, com o desenrolar da pesquisa, possamos encontrar o ponto que costure todas as
narrativas da tetralogia. Para tanto, leremos os teóricos como Walter Benjamin, Michel
Foucault, Hannah Arendt, Sigmund Freud e Giorgio Agamben, nos quais
embasaremos nossa pesquisa.