Incidência de fratura de limas reciprocantes (X1 Blue® e Reciproc®) com até três usos: um estudo retrospectivo
Abstract
O avanço na instrumentação de canais radiculares, de limas manuais para limas automatizadas de níquel-titânio, buscando maior eficiência clínica, ainda enfrenta o desafio da fratura de limas. Essa complicação está associada a diversos fatores, incluindo a experiência do operador, técnica de instrumentação, anatomia do canal e o número de reutilizações das limas, que é um tema controverso na literatura. Apesar das melhorias nas ligas metálicas e tratamento térmico dessas limas, a ocorrência de
fraturas continua sendo um problema na prática endodôntica. Sendo assim, o objetivo deste estudo é avaliar a incidência de fratura de limas reciprocantes, com até três usos de cada instrumento, em uma casuística advinda de um consultório particular de um especialista em Endodontia. Este é um estudo retrospectivo, com analise de prontuários e radiografias de pacientes atendidos em período de 3 anos, quando utilizadas as limas dos sistemas X1 (MK Life, Porto Alegre, RS, Brasil) e Reciproc (VDW, Munique, Alemanha). Os resultados encontrados foram um total de 1720 canais radiculares avaliados, sendo 76,6% instrumentados com a lima R25 e 23,4% com a lima X1 25.06. Foram observadas seis fraturas de limas durante a instrumentação, sendo 0,3% com as limas R25 e 0,5% com as limas X1, sendo 5 no terço apical dos canais e 1 em terço médio. Quanto ao grupo dentário 1 lima fraturou em dente anterior, 1 em pré molar e 4 em molares. Quanto ao número de usos 4 limas
fraturaram no primeiro uso, uma no segundo uso e outra no terceiro uso. Em conclusão a incidência de fraturas observada foi baixa, os molares tiveram mais fraturas devido à sua complexa anatomia e, na maioria dos casos, a lima fraturou em primeiro uso.