Ceticismo contemporâneo frente à possibilidade de uma fundamentação moral: Habermas e Oakeshott

Abstract

A filosofia ocidental, desde a Grécia Antiga, tem valorizado o questionamento crítico como ferramenta para a construção do conhecimento. Neste contexto, a Escola de Frankfurt, ao longo do século XX, ressuscita essa tradição ao promover uma crítica robusta da sociedade moderna. Um dos principais representantes dessa corrente é Jürgen Habermas, que, por meio de sua Teoria do Agir Comunicativo, busca atualizar e redirecionar a Teoria Crítica, propondo que a comunicação racional pode fornecer uma base ética capaz de orientar as relações sociais em um mundo cada vez mais plural e complexo. Em contrapartida, o filósofo britânico Michael Oakeshott apresenta uma perspectiva cética que questiona tanto a viabilidade quanto a necessidade de uma fundamentação moral universal, criticando os pressupostos da racionalidade comunicativa e expondo as ambiguidades inerentes à linguagem e à ação política.