Lacticaseibacillus casei CSL3: imobilização e aplicação em matriz alimentar, influência nos parâmetros bioquímicos, de estresse oxidativo e modulação da resposta inflamatória

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Data
2022-08-15Autor
Vitola, Helena Reissig Soares
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Probióticos são microrganismos, que quando consumidos em concentrações
adequadas, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. Para serem
caracterizados como probióticos os microrganismos devem comprovar sua
influência positiva através de testes in vitro, in situ e in vivo. Logo, o objetivo do
presente estudo foi avaliar a viabilidade de Lacticaseibacillus casei CSL3
imobilizado em pedaços de abacaxi e aplicado em queijo Petit-suisse, bem
como a ação probiótica in vitro e in vivo nos parâmetros bioquímicos, de
estresse oxidativo, histológicos e modulação da resposta inflamatória. Após
imobilizado e inserido em sistema alimentar avaliou-se - L. casei CSL3 –
quanto sua viabilidade durante o armazenamento do produto, bem como após
sua passagem pelo trato gastrointestinal simulado. Foram realizadas análises
físico-químicas (pH, acidez, atividade de água, umidade, proteína e sinérese) e
sensoriais (índice de aceitação e intenção de compra) para caracterização do
produto. A avaliação da citotoxicidade do isolado e produção de óxido nítrico
foram realizadas em células (in vitro). Após L. casei CSL3 ser administrado aos
camundongos no período experimental de 30 dias e desafiados contra
Salmonella Typhimurium e Escherichia coli O157:H7, realizaram-se análises
dos níveis séricos de glicose, colesterol total, aspartato aminotransferase (AST)
e alanina aminotransferase (ALT), triglicerídeos sanguíneo do estresse
oxidativo em tecidos e produção de catalase, da colonização do trato
gastrointestinal, da histopatologia dos rins, fígados e intestino e da expressão
relativa de citocinas pro-inflamatórias. Lacticaseibacillus casei CSL3 manteve
sua viabilidade superior a 8 log UFC g
-1
, quando imobilizado em pedaços de
abacaxi e inserido em queijo Petit Suisse durante período de armazenamento e
superior a 7 log UFC g-1 após passagem pelo TGI simulado. Na avaliação da
toxicidade e influência na produção de óxido nítrico, in vitro, a bactéria mostrouse segura para aplicação em concentrações de 8 log UFC g-1 e observou-se
que com o aumento da concentração, aumentava a produção de óxido nítrico.
Nos testes bioquímicos, os resultados comprovam que L. casei CSL3
influenciou na redução da concentração de glicose e triglicerídeos séricos e do estresse oxidativo nos tecidos dos animais. Ao competir contra Salmonella
Typhimurium e Escherichia coli O157H7 o probiótico colonizou o trato
gastrointestinal dos camundongos, protegeu tecidos do fígado e intestino e
estimulou positivamente a expressão relativa da citocina IL-2, e negativamente
de IL-4 e TNF-α. Ao final do estudo pode-se concluir que L. casei CSL3, possui
características probióticas comprovadas através da manutenção de sua
viabilidade quando imobilizado e inserido em matriz alimentar (in situ), bem
como pelos parâmetros bioquímicos, histológicos e imunológicos (in vitro e in
vivo).