Plantas autoenraizadas e porta-enxertos clonais para o pessegueiro: morfologia de mudas, reação ao déficit hídrico do solo e performance em área com histórico de morte precoce
Resumen
A morte precoce é um dos principais problemas do cultivo do pessegueiro no estado
do Rio grande do Sul, causada por um conjunto de fatores bióticos e abióticos de difícil
solução por causa do desconhecimento da identidade genética dos porta-enxertos
utilizados. O objetivo foi avaliar o efeito de porta-enxertos sobre a morfologia de
mudas, além da influência no potencial hídrico do ramo em solo franco-arenoso e
performance produtiva em área com histórico de morte precoce quando comparado a
cultivares copa autoenraizadas. A dissertação está composta de três capitulos, sendo
que no primeiro, estudou-se a morfologia de mudas em dois sistemas (convencional
e alternativo). No segundo capitulo foi avaliado o potencial hídrico em plantas
autoenraizadas e sobre porta-enxertos clonais. No terceiro capítulo avaliou-se a
resposta produtiva da cultivar Maciel autoenraizada e também sobre genótipos de
Prunus spp. na função de porta-enxerto, propagados vegetativamente. Os principais
resultados obtidos indicam que o porta-enxerto influencia no vigor e dominância apical
das mudas produzidas no sistema alternativo em citropotes. O potencial hídrico de
pessegueiros da cv. BRS-Kampai é influenciado pela umidade gravimétrica do solo.
Não foi observada morte de nenhuma planta, devido à síndrome da morte-precoce,
até os sete anos do pomar. Os cultivares de porta-enxerto híbridos interespecíficos
demonstraram inferior performance produtiva em comparação aos porta-enxertos com
total constituição genética pertencente a P. persica
-precoce. Os porta-enxertos
-
apresentam potencial para elevar a eficiência produtiva em comparação a
. O pessegueiro cv. Maciel apresenta incompatibilidade de
ão sendo recomendados para a função portaenxerto.
A adoção de mudas de pessegueiro com qualidade morfológica superior e
porta-enxerto melhor adaptado aos fatores bióticos e abióticos relacionados à morte
precoce são estratégias essenciais para reduzir os danos causados pela síndrome,
possibilitando o aumento de produtividade da cultura do pessegueiro na microrregião
de Pelotas-RS.