Do máximo ao mínimo: gestos de apreensão do mundo por enunciados de arte
Resumo
Formando esse corpo, que toma vida através de sua leitura, esta pesquisa pretende que você e eu olhemos para minhas produções como artista, migrando do trabalho coletivo de arte e olhando para a palavra como figura central das minhas produções. Relacionaremos, também, artistas e teóricos para fortalecer esse corpo. Distorceremos o que for necessário para alcançar nosso objetivo, que é perceber como a palavra é utilizada nesses trabalhos como uma maneira de estarmos juntos, um encontro em comum. E sempre tendo como questão de interesse principal desta pesquisa: Como a palavra, seja ela falada ou escrita, e sua leitura, proporcionam por gestos mínimos uma participação entre o público e o mundo ao redor? Portanto, esta pesquisa concentra seu fôlego no levantamento e reflexões de obras de artistas que ativam o espaço, o corpo-pensamento do sujeito-leitor, ao proporcionar experiências que ocorrem por meio da leitura e com o uso da palavra escrita como dispositivo. Nesse movimento de investigação, volto-me ao meu trabalho e procuro interlocuções artísticas e teóricas a fim de não só reconhecer um campo e uma forma de produção, mas ampliar as possibilidades de o trabalho acontecer. Busco reconhecer os usos da palavra na minha produção artística, bem como apresentar o que moveu esta pesquisa e direcionar o olhar da prática participativa para a produção em arte a partir da palavra. Para fazer este caminho, utilizo-me de autores como: Allan Kaprow (2006), Aline Dias (2012), Fabio Morais (2018), Marcos Walickosky (2021), Maria Ivone dos Santos (2009), Hélio Fervenza (2007), Paul Ardenne (2002), Eduardo Veras (2012), Claudia Zimmer (2015), entre outros.