Efeito da administração aguda e crônica de metionina e/ou metionina sulfóxido na atividade de enzimas dos sistemas purinérgico e colinérgico e sobre parâmetros inflamatórios em linfócitos e soro de ratos jovens
Fecha
2016-02-24Autor
Soares, Mayara Sandrielly Pereira
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Elevados níveis plasmáticos de metionina (Met) e de seus metabólitos podem
ocorrer em várias anormalidades genéticas, como na deficiência da metionina
adenosiltransferase levando a muitas desordens fisiológicas. O ATP está envolvido
em funções pró-inflamatórias, enquanto a adenosina e a acetilcolina tem efeitos anti inflamatórios. A ação destas moléculas no local de inflamação é controlada
principalmente por enzimas, como Ecto-Nucleosídeo Trifosfato Difosfoidrolase
(NTPDases), a adenosina deaminase (ADA), a acetilcolinesterase (AChE) e
butirilcolinesterase (BuChE). O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do
tratamento agudo e crônico com Met e/ou metionina sulfóxido (MetO) na atividade
das ectonucleotidases e colinesterases e nos níveis de proteína-C reativa (PCR) e
interleucina 10 (IL-10) em linfócitos e soro de ratos jovens. Os animais foram
divididos em quatro grupos: I (controle); II (Met); III (MetO) e IV (Met mais MetO). No
protocolo agudo, os animais receberam uma administração subcutânea de Met e/ou
MetO e foram submetidos à eutanásia 1 h ou 3 h após o tratamento. No protocolo
crônico, Met e/ou MetO foram administradas nos animais duas vezes por dia com
um intervalo de 8 h entre as injeções, durante 21 dias. Os resultados mostraram que
a hidrólise do ATP foi diminuída em linfócitos após 1 h de tratamento nos animais
dos grupos III e IV (P <0,05). Em contrapartida, observou-se um aumento da
hidrólise de ATP e ADP em linfócitos nos grupos III e VI e um aumento na atividade
da ADA no grupo III após 3 h a administração dos aminoácidos (P <0,05). Não foram
observadas alterações na atividade da NTPDase e da ADA em linfócitos e soro no
tratamento crônico. A atividade da AChE também foi aumentada em linfócitos após 3
h e 21 dias do tratamento nos animais dos grupos III e IV (P <0,05), enquanto que a
atividade de BuChE foi diminuída após 1 h e 21 dias após o tratamento dos mesmos
grupos (P<0,05 ). No tratamento crônico foi observado um aumento nos níveis de
PCR no soro dos ratos tratados com MetO ou com a associação de Met mais MetO
e uma diminuição nos níveis de IL-10 nos animais tratados com Met e MetO quando
comparado ao grupo controle (P <0,05). Os resultados demonstraram que os
parâmetros inflamatórios foram alterados principalmente no tratamento com MetO.
As alterações provocadas no sistema purinérgico e colinérgico e nas citocinas anti inflamatórias pode contribuir para a compreensão das alterações inflamatórias
presentes em pacientes hipermetioninêmicos.