Avaliação do perfil hormonal de vacas leiteiras no pós-parto e desenvolvimento de uma plataforma farmacêutica de liberação prolongada para hormônios
Abstract
Objetivou desenvolver uma plataforma farmacêutica de liberação prolongada do Hormônio Folículo Estimulante (FSH), para superovulação (SOV) bovina. Foram realizados testes in vitro e de aplicabilidade e biodisponibilidade do FSH em vacas
leiteiras. A temperatura de geleificação foi de 34ºC, com liberação do hormônio por pelo menos 36 horas (dose única) e 48 horas (dose dupla, com intervalo de 24 horas). Conclui-se que o veículo farmacêutico foi capaz de prolongar o tempo de liberação do FSH e possivelmente poderá simplificar os protocolos de SOV, através da redução do número de aplicações. Além disso, objetivou-se determinar a influência dos níveis de Progesterona (P4) e Vitamina D (VitD3) sob o comportamento alimentar de vacas leiteiras no pós-parto recente. Foram utilizadas 41 vacas da raça Holandês, multíparas, de 2 a 4 lactações. Durante os dias 0 (dia do parto), 1, 2, 3 e 7 pós-parto foram mensuradas variáveis que analisam o comportamento alimentar dos animais, através dos alimentadores (Intergado®) e coleiras inteligentes (Cowmed Assistant®), além das análises sanguíneas, para avaliar os níveis de VitD3, P4, glicose e ácidos graxos livres. A produção de colostro foi registrada até 7 dias pós-parto e a produção de leite foi registrada até 60 dias pós-parto. Os animais foram categorizados em relação aos níveis de VitD3 e P4 no dia 0. Vacas com níveis de VitD3>60ng/mL constituíram o grupo ALTAD3 e abaixo deste valor, o MODERADAD3. Já as vacas com P4>0,70ng/mL foram alocadas no grupo ALTAP4 e abaixo deste valor, no grupo BAIXAP4. Os grupos foram analisados separadamente entre ALTAD3 e MODERADAD3 e entre MENORP4 e MAIORP4. O grupo MENORP4 apresentou maior produção de colostro (30,03±1,08; P=0,03) e leite (44,95± 0,40;P=0,02), maior número de visitas aos cochos com consumo (38,17± 1,55; P=0,001) e tempo de ruminação (619,87±18,49; P=0,001) em comparação ao grupo MAIORP4. Já o grupo ALTAD3 apresentou menor número de visitas aos cochos com (31,03±1,72; P=0,001) e sem (18,01±1,73; P=0,001) consumo do que os animais do grupo MODERADAD3. Conclui-se que os níveis de VitD3 e P4 no dia do parto, podem ter influência sob o comportamento alimentar de
vacas leiteiras, durante a primeira semana pós-parto.