Carcterização de compostos bioativos em Tagetes minuta, Bixa orellana e Mentha piperita como potenciais agentes antimicrobianos em cimentos endodônticos experimentais
Fecha
2017-02-22Metadatos
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O objetivo deste estudo foi revisar sistematicamente na literatura e em bases de dados de patentes o que existe de evidência sobre o uso antimicrobiano de duas espécies vegetais (Bixa orellana e Tagetes minuta), bem como investigar um novo material endodôntico obturador experimental contendo óleos essenciais e extrato vegetais com potencial antimicrobiano dessas espécies, uma vez que infecções de origem bacteriana são apontadas como as principais causas de fracasso em endodontia. Três espécies foram utilizadas neste estudo: B. orellana, Mentha piperita e T. minuta. Inicialmente foi realizada duas revisões sistemáticas em bases de dados e bancos de patentes com o intituito de identificar na literatura o que já é conhecido sobre a atividade antimicrobiana de T. minuta e B. orellana. Após a revisão, as plantas foram coletadas e submetidas a extração dos óleos e extrato vegetais e, analisadas para identificação dos principais constituintes químicos. O próximo passo foi identificar a capacidade antimicrobiana dos mesmos. Para isso, foram realizados os ensaios de MIC e TCD contra três microrganismos da coleção ATCC associados a infecções endodônticas: Candida albicans (62342), Enterococcus faecalis (4083) e Streptococcus mutans (25175). Após a comprovação da capacidade antimicrobiana, o material vegetal foi incorporado em uma formulação experimental de um material selador do canal radicular na concentração de 0,5%. O material foi analisado por meio de ensaios físico-mecânicos (GC, TP, EP, AD, E, R) e o cimento endodôntico Real Seal®, foi utilizado como controle para fins de comparação de valores nos testes. Quanto aos resultados das reviões sistemáticas, conclui-se elevado potencial antimicrobiano das plantas em questão, porém, vale ressaltar que estudos citotóxicos e in vivo se fazem necessário. Os materias experimentais demonstraram bons resultados com valores dentro do recomendável pela ISO 6876, para todos os ensaios realizados, exceto R e EP. Quanto ao efeito antimicrobiano dos cimentos experimentais, a variável tempo teve influência na ação antimicrobiana, conforme maior o tempo de exposição ao microrganismo, maior o efeito antimicrobiano dos materiais, exceto para C. albicans, que não demonstrou efeito inibitório, quando comparado ao controle positivo. Por fim, conclui-se que os novos materiais obtidos possuem potencial antimicrobiano e mais estudos devem ser realizados para a comprovação desta propriedade.