Prevalência e fatores associados aos enteroparasitos em pacientes HIV positivos atendidos no Serviço de Assistência Especializada de Pelotas - RS, Brasil
Fecha
2009-09-09Autor
Krause, Luís Eduardo Barcellos
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As parasitoses intestinais são conhecidas globalmente, atingindo especialmente
países mais pobres. Este problema se torna ainda mais grave quando associado à
infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). O objetivo do estudo foi
estimar a prevalência e os fatores associados aos enteroparasitos em pacientes HIV
positivos. Foi realizado estudo transversal no único serviço de assistência
especializada em HIV/AIDS de Pelotas, RS. Do total de 273 entrevistados, 19,8%
estavam infectados por enteroparasitos patogênicos, sendo que os mais frequentes
foram Trichuris trichiura, Giardia lamblia e Ascaris lumbricoides. A prevalência de
parasitos patogênicos foi significativamente superior (31,4%) entre pacientes que
não estavam usando a terapia antirretroviral altamente potente e efetiva (HAART)
em relação aos que estavam usando HAART (13,0%). As prevalências foram baixas
para os parasitos intestinais oportunistas Cryptosporidium spp., Cystoisospora belli e
Strongyloides stercoralis, sendo de 2,4% em pacientes que não faziam uso de
HAART e de 1,9% em pacientes tratados com HAART, não havendo diferença
estatística. Os pacientes com níveis socioeconômicos mais baixos, que referiam ter
animais domésticos e que não faziam uso de terapia com HAART tiveram mais
chance de desenvolver enteroparasitos patogênicos. O estudo demonstra que é
necessária a adoção e implementação de medidas preventivas e de investigação
diagnóstica nos pacientes HIV positivos.

