Perfil nutricional e uso de recursos ergogênicos em trabalhadores de academias da cidade de Pelotas-RS

Visualizar/ Abrir
Data
2013-02-22Autor
Teixeira, Gesiane Dias Trindade
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Atualmente se destaca o crescente número de academias de ginástica e o expressivo aumento no consumo de suplementos ergogênicos por alunos e profissionais que frequentam esses locais. O presente estudo objetivou descrever o perfil nutricional e o uso de recursos ergogênicos de trabalhadores de academias de ginástica que ministravam atividade física. Métodos: Estudo descritivo observacional transversal do tipo censo realizado nas academias de ginástica da cidade de Pelotas/RS. Foi avaliado, a partir de questionário padronizado, o consumo de suplementos ergogênicos (proteicos, carboidratados, anticatabólicos, polivitamínicos e hormonais), marcadores de consumo alimentar, frequência de ingestão de frutas e vegetais e índice de massa corporal (IMC). Além disso, foram coletadas variáveis sociodemográficas e do trabalho. Resultados: Foram entrevistados 497 profissionais com média de idade referente a 29,7 anos (± 8,3), 57,8% eram do sexo masculino e a maioria tinha IMC de eutrofia (56,3%). Cerca de 25% dos homens e 10% das mulheres reportaram consumir algum tipo de suplemento. Quanto aos marcadores de consumo alimentar, pode-se observar a alta frequência de consumo de produtos protéicos, hambúrgueres/embutidos e refrigerantes. O recurso ergogênico mais relatado foi o anticatabólico, sendo que 75,4% dos homens e 71,8% das mulheres consumiram esse tipo de suplemento. O consumo de frutas foi mais relatado (40,3%) entre os entrevistados que consumiam apenas um suplemento e o consumo de vegetais foi mais frequente entre os consumidores de dois suplementos (45,1%). Conclusões: A população avaliada, que com frequência é tomada como exemplo por frequentadores de academias, mostrou um perfil nutricional que pode ser considerado inadequado, onde 25% faz uso de recursos ergogênicos, mostrou elevada frequência de consumo de proteínas e refrigerantes. Somado a isso, o consumo de frutas e vegetais foi aquém das recomendações e inversamente proporcional ao consumo de suplementos