Oficinas de arte contemporânea para crianças de pré-escola: a experiência estética e o lúdico na infância
Resumo
A presente dissertação trata sobre o ensino de Arte Contemporânea na pré-escola, buscando descobrir alternativas para a formação pré-escolar, relacionado-a a experiências estéticas e lúdicas, capazes de provocar a ampliação do interesse da criança pela arte. Tendo como objetivo geral observar de que forma
atividades relacionadas à Arte Contemporânea são capazes de impactar as crianças. E como objetivos específicos observar quais atividades provocam as experiências estéticas; investigar de que maneiras a Arte Contemporânea é útil para a produção de sentidos da criança, e de que modo tal aquisição de experiência pode participar no desenvolvimento da criança. Sendo assim esta pesquisa se divide em duas etapas a primeira sendo teórica, onde são abordados os conceitos de lúdico, Johan Huizinga (1990); Paulo de Tarso Cheida Sans (1994) e de experiência, Walter Benjamin (1994; 2002); Jorge Larrosa (2006), relacionados ao ensino de Arte Contemporânea, Katia Canton (2009); Anne Cauquelin (2005), assim como de forma
breve, é apresentada a importância das Escolinhas de Arte do Brasil, para a mudança no cenário da arte educação para crianças, Herbert Read (1973; 1986); Augusto Rodrigues (1980). A segunda etapa desta pesquisa se deu de forma prática. A fim de alcançarmos os objetivos citados, foram aplicadas oito (8) oficinas de Artes Visuais, durante os meses de março e abril de 2013, em uma turma de pré-escola,
de uma escola pública de Pelotas. As oficinas foram relacionadas às várias expressões das Artes Visuais Contemporâneas, e tiveram como foco a produção de artistas brasileiros ou que produziram no Brasil, são eles: Lygia Clark, Frans Krajcberg, Lia Menna Barreto, Regina Silveira, Lygia Pape, Hélio Oiticica e Arthur
Bispo do Rosário. Para a produção e desenvolvimento das oficinas, destaca-se a utilização de uma coleção de livros paradidáticos de arte contemporânea, voltados para as crianças, trata-se da coleção “Arte à Primeira Vista” de Valquíria Prates e Renata Sant’Anna (2009), que serviram como mediadores entre a obra dos artistas apresentados e as crianças, sendo que o design e impressão dos livros permitiram que as crianças tivessem seus sentidos provocados, por meio do tato e da visão, sempre com texturas, imagens, cores e textos referentes aos materiais utilizados e às poéticas, presentes nas obras dos artistas.
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