A poética do labirinto: percursos e passagens na gravura
Resumo
A pesquisa apresentada foi desenvolvida no Mestrado em Artes Visuais da UFPel e teve como ponto de partida minha produção artística, realizada entre 2012 e 2013. Para tanto, foram utilizados procedimentos inerentes ao campo da gravura. Os conceitos percurso e passagem definem o ato de gravar e de imprimir, respectivamente. Destaca-se que esses procedimentos são vistos como um processo cíclico capaz de conectar as imagens. As marcas e sulcos realizados sobre a superfície de pisos vinílicos que compõem as matrizes e as impressões cujas imagens são transferidas de um suporte para outro. Dessa forma, esses procedimentos assumem autonomia. O objeto de estudo da presente investigação refere-se aos deslocamentos e as transformações que ocorrem com a imagem de um trabalho em relação ao seguinte e às interligações entre eles. Também são considerados os entrelaçamentos entre as matrizes e as estampas que se conectam e que constituem uma rede de imagens. A referida rede é compreendida como um labirinto, formada por obras/matrizes, que carregam em suas superfícies imagens labirínticas. Também é considerada a experiência de gravar essas imagens, ou seja, de percorrer esses labirintos. Para refletir sobre essas conexões as leituras de Lucia Leão, contribuíram com o conceito de estética do labirinto e Umberto Eco com o conceito de elenco visual. Esta proposta busca contribuir com novas alternativas para repensar o campo da gravura contemporânea.
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