Índice de qualidade da água para monitoramento do recurso hídrico em pequenas propriedades rurais das bacias hidrográficas Mirim São Gonçalo e Camaquã

Abstract

A ocupação e uso do solo nas bacias hidrográficas são planejados visando o mínimo de custo monetário (TUCCI, 2001), desconsiderando os potenciais impactos negativos decorrentes destas, sendo os mais recorrentes o uso inadequado de insumos agrícolas, a falta de tratamento dos efluentes domésticos, entre outros (BENETTI; BIDONE, 2001). Outro problema, é a disponibilidade de água para consumo humano, que é oriunda principalmente de poços e olhos d’água, entretanto, em maioria essas famílias consomem a água sem nenhum tipo de tratamento (LEMOS; GUERRA, 2004; GODOY et al 2021). Tais fatos acentuam a necessidade de monitorar as condições da água, buscando verificar se esta está apta para uso. A qualidade da água é relativa, para classifica-la como “boa” ou “ruim”, dependerá do uso a qual ela se destina. A classificação consolidada pela norma reguladora atual, a Resolução CONAMA nº 357 de 2005, determina os parâmetros necessários da água doce para os seus usos múltiplos (BRASIL, 2005). Outra forma de avaliação é por meio de índices como o Índice de Qualidade da Água (IQA), que integra parâmetros selecionados por especialistas, buscando projetar os resultados de forma menos complexa para o público leigo. Composto por 9 variáveis, além de fornecer uma visão geral, também indica o lançamento de efluentes de natureza orgânica. O índice dispõe o resultado em uma escala numérica de 0 a 100, o qual considera de 0 a 25 “Muito Ruim”, de 25 a 50 “Ruim”, de 50 a 70 “Médio”, de 70 a 90 “Bom” e de 90 a 100 “Excelente”.